28/05/2016 - ESTADOS MAIS ESTRANGULADOS
O sistema bicameral faz com que
os projetos dos cidadãos ocorram na Câmara de Deputados e 9%os projetos dos Estados
no Senado. Por oportuno, as unidades federativas estão remetendo seus
orçamentos previstos para 2017, para compor a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Das 27 unidades, 22 já apresentaram, restando Pernambuco, Amazonas, Tocantins,
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As peças públicas demonstram 9 Estados e o
Distrito Federal prevendo déficit em 2017. Provavelmente, a União não previra rombo
no ano que vem. A situação dos Estados e de 5.565 municípios é muito grave. Não
há perspectiva de aumento da arrecadação, os gastos são crescentes e a
perspectiva de retomada não é imediata. As complicações estaduais são maiores
do que as da União porque eles não podem lançar títulos públicos para arrecadar
recursos. A União, sim. Portanto, muitos irão tomar empréstimos, vender ativos
e usar de verbas dos depósitos judiciais. Sem dúvida, os investimentos públicos
serão prejudicados. O maior rombo previsto é o de R$9 bilhões do Rio de Janeiro
em 2017. MG também se aproxima de R$9 bilhões e só contaria com superávit em
2019. A Bahia estimou déficit primário de R$2,4 bilhões e também está atrasando
salários. O governador disse que este ano não haverá elevação de salários. RS
parcela salários desde 2015. Mas, terás superávit em 2017. O endividamento em
relação à arrecadação está no limite prudencial em 15 unidades federativas.
Encabeça o Rio Grande do Sul com 216%; seguem-lhe: Rio de Janeiro, 201%; Minas
Gerais, 199%; Alagoas, 170%; São Paulo, 168%; Goiás, 99%; Acre, 97%; Mato
Grosso do Sul, 94%; Ceará, 63%; Pernambuco, 62%; Rondônia, 61%; Maranhão, 60%;
Bahia, 59%; Piauí, 57%; Sergipe, 55%; Santa Catarina, 53%; Paraná, 50%; Minas
Gerais, 45%; Paraíba, 41%; Espírito Santo, 31%; Amazonas, 27%; Distrito
Federal, 25%; Pará, 12%; Rondônia, 12%; Rio Grande do Norte, 9%; Amazonas, 5%.
O prazo de 60 dias para que a União
e os Estados chegassem a uma renegociação de dívidas está se acabando. Se a
União tiver que arcar com mais despesas, além do aprovado déficit primário de
R$170,5 bilhões neste exercício, o rombo poderá ultrapassar os R$200 bilhões.
Em resumo, a agonia dos agentes
econômicos e públicos ainda não passou. Esta tem sido a reconhecida a maior
recessão da história. Todos não vêm a hora de retomada do crescimento
econômico.
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