01/05/2016 - DIA DO TRABALHO TRISTE




Comemorando hoje mais um dia do trabalho com amargor de mais de 11 milhões de desempregos abertos, cuja taxa de 10,9% da PNAD Contínua é o pior recorde histórico desde que a série iniciou no primeiro trimestre de 2012. Antes, concentrada na (1) indústria da construção civil, a falta de vagas agora avança para o setor de (2) serviços. Dos três setores clássicos, o único que não registra recuo é a (3) agropecuária. A expectativa de mudança da gestão econômica poderá ser dada daqui a 10 dias. Enquanto isto, Michel Temer, provável presidente em exercício, já se reuniu três vezes com Henrique Meirelles, que disse no último encontro, dois dias atrás: “restaurar a confiança na solvência futuro do Estado brasileiro e de que não necessidade de alterar programas sociais”.

A taxa de desemprego mede a taxa de ocupação de 89,1%, correspondentes a 90,639 milhões de trabalhadores com carteira assinada e, de 10,9% de desocupação, relativos a 11,089 milhões de desempregados. Assim, a população economicamente ativa (PEA) estava estimada em 101,718 milhões. A PEA está aproximando-se de 50% da população brasileira estimada pelo IBGE de 205 milhões. Há um ano, em março de 2015, a referida taxa era de 7,9%, cerca de 7,934 milhões. Dessa forma, houve uma elevação por volta de 40%. Ou seja, 3,255 milhões de desocupados sem carteira contratada em um ano.

A renda média real do trabalhador recuou 3,2% em um ano. Era de R$2.031,00, em março de 2015, passando a R$1.966,00, em março de 2016. A considerar que o emprego informal ou desemprego disfarçado, que não está na estatística oficial de 40% da PEA, por volta de 40,487 milhões, mais o desemprego aberto de 11,089 milhões, tem-se 51,576 milhões de pessoas em condições instáveis de emprego e desemprego. Considerando uma família de 3 membros, encontra-se 151,728 milhões de cidadãos muito necessitados. Aproximadamente, 75% dos cidadãos. Quantos dos 40 milhões que os governos do PT retiram da pobreza extrema ou da pobreza simplesmente, até 3 salários mínimos, retornaram à difícil condição em que se encontravam no início do século? O fato é que a situação brasileira é de piora como nunca se viu. Trata-se de um momento que exige mudanças proativas.

Um dia do trabalho triste. Sem nada para comemorar. A esperança vem com mudança de governo nos próximos dez dias, mediante impeachment da presidente Dilma, cada vez mais provável, quando o vice-presidente Michel Temer deverá assumir para reverter o quadro acima exposto.

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