08/05/2016 - AGENDA DA CNI PARA SAIR DA CRISE




A Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõe uma agenda nacional, 2016-2018, para provavelmente Michel Temer inspirar-se. Trata-se da situação em que a indústria vem perdendo posição no PIB. A considerar que em 1985 tinha 25% de participação e agora está em 10%, sem dúvida, a indústria tem de ser revitalizada. Não é ocioso repetir que a maioria dos países ricos assim chegou pelo avanço industrial, dado que a indústria é quem gera maior valor agregado entre os setores produtivos. A síntese da agenda citada se compõe de três vertentes. A primeira: o Estado da economia. Três anos de recessão têm levado à queda de 10% do PIB. Crescimento da dívida bruta, que se elevou de 56% em 2010 para 68% em 2016.  Inflação elevada reduz horizonte de confianças, saiu-se em cinco anos de 5% para 10%. O dobro fez recuar confianças de estabilidade para desorganização. Ajuste da conta corrente do balanço de pagamentos, reduzindo déficit externo de – 3,4% para – 1,2%. A segunda: Roteiro da economia. Recuperar a confiança através do equilíbrio fiscal. Desenvolver ações que melhorem o ambiente dos negócios. Modernizar as instituições e o sistema político. Sustar atalhos e enfrentar o que precisa ser feito. Atuar sobre a melhoria do ambiente macroeconômico e da competitividade. Definir a prioridade das reformas. Fortalecer políticas que aumentem a produtividade. Explorar as fontes de crescimento. Consolidar as exportações como prioridade. Consolidar iniciativas que atraiam a iniciativa privada para a área de infraestrutura. Eliminar obstáculos regulatórios que afetam investimentos e operações empresariais. A terceira: Sete ações fundamentais. Garantir a sustentabilidade fiscal. Assegurar a segurança jurídica nas relações de trabalho. Ampliar os prazos de recolhimento de tributos. Acelerar o processo de concessões ao setor privado na infraestrutura. Priorizar as exportações como motor de crescimento. Sustar temporariamente a imposição de novas obrigações acessórias às empresas e desenvolver programas de simplificação e redução da burocracia tributária. Regularizar as condições de crédito às empresas.

A esse respeito, o artigo de Henrique Meirelles na FSP, de hoje, é taxativo. “A existência de capacidade ociosa nas empresas e disponibilidade de mão de obra, que representam hoje problemas muito graves, podem viabilizar o início da retomada um pouco mais rápida da economia já nos próximos trimestres, desde que o equilíbrio macroeconômico comece a ser restabelecido imediatamente. Em paralelo, a adoção de uma agenda mais ampla que aumente a produtividade... passo primordial é estabelecer uma trajetória sustentável para as contas públicas”.  O artigo dele se intitula “O que pode unir o País”.

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