13/05/2016 - ORDEM E PROGRESSO




A República Brasileira foi proclamada em 15 de novembro de 1889, quando um governo provisório foi instaurado, tendo na chefia da República Velha o Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891), um monarquista convicto, mas que derrubou o gabinete do Visconde do Ouro Preto, tendo como primeiro ministro do imperador, Silveira Martins, sendo este o homem que Deodoro mais detestava na terra. Tornou-se Deodoro ditador, na República da Espada, de 1889 a 1894, dividindo com Floriano Peixoto (1891-1894), seu prosseguidor. Desde Deodoro a bandeira nacional foi modificada. De dentro do losango amarelo saiu o brasão da família imperial e entrou um globo azul com um dístico “Ordem e Progresso”, baseado no lema positivista de Comte: “o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. O positivismo fora abraçado pelos formandos da Escola Militar de Praia Vermelha, chamada de Mocidade Militar, do final do século passado. Sucederam presidentes da República da Oligarquia (1895-1930), depois a ditadura da era Vargas (1930-1945), a República Nova, em breve democracia (1946-1964), a ditadura militar (1964-1984), a Nova República (1985 até agora), mediante democracia atual. Portanto, de 1500 a 1993, a economia brasileira seguiu a instabilidade dos regimes políticos de 36 presidentes. Depois do Plano Real, de 1994, a economia brasileira se estabilizou e retornou ao crescimento. Porém, na década atual a estabilidade ficou ameaçada, chegando hoje à brutal recessão. A mudança do governo Dilma para Temer é de tentar a retomada do crescimento. Novo modelo econômico será adotado. Ainda não está claro, se será o tripé adotado desde 1999, de superávit fiscal, câmbio flutuante e meta de inflação será restaurado ou se haverá outra base.

Michel Temer assumiu ontem com a bandeira de “Ordem e Progresso”. No seu discurso falou em confiança; manter programas sociais; fazer reformas estruturais, mas não mexer em direitos garantidos; apoiar as investigações da Lava-Jato para ter um bom termo; estimular postos de trabalho; reconstruir os fundamentos da economia; melhorar o ambiente geral dos negócios; gerar emprego e renda; fazer uma democracia de eficiência; diminuir a burocracia; ministério com 60% de políticos dos partidos políticos que lhe proporcionam a maioria no Congresso; enfim, iniciando com uma “base real”, segundo seu Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no jornal Bom Dia Brasil, da rede Globo, de hoje, tomando medidas duras, porém, necessárias, para que o Estado seja solvente, fazendo nomeações técnicas para as direções das empresas estatais e, as reformas, a começar com a da Previdência, elevando a idade mínima de aposentadoria, vendo o futuro de aposentadoria para todos.

 Os mercados veem com otimismo a mudança política realizada. Contudo, a falta de um planejamento econômico de longo prazo continua sendo a tônica da política econômica. O mais transparente é que Temer está começando de forma bastante semelhante que o ex-presidente Lula, de colocar na direção da economia brasileira uma equipe ortodoxa, que, fará o ajustamento e retomará o crescimento. Geralmente, fala-se na primeira avaliação de um governo de 4 anos, a dos 100 dias. No caso da avaliação do Temer está prometida para 90 dias.

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