24/10/2015 - DESEMPREGO METROPOLITANO PIOR DO QUE 2009
O IBGE mede o desemprego
brasileiro de duas formas: nas 6 maiores regiões metropolitanas e na maioria
dos municípios brasileiros (3.500 em 6.565 cidades). A taxa de desemprego
metropolitano é mais baixa do que a maioria dos municípios da Capital e do Interior.
Assim, pelo terceiro mês seguido ficou em 7,6% da população economicamente
ativa. Entretanto, para meses de setembro é o pior resultado desde 2009, quando
o Brasil iniciou o seu ingresso na rápida recessão. Em setembro de 2014 era de
4,9%. Em cerca de dez meses a situação se deteriorou, com jeito de calamidade. Tamanha
queda se deve à falta de confiança nos agentes econômicos e da má administração
da economia em fase prolongada. O levantamento faz parte da Pesquisa Mensal do
Emprego, entre aqueles que são formalizados, isto é, possuem carteira de
trabalho, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e
Porto Alegre. Na informalidade existem mais de 20% da população brasileira. Por
isso mesmo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua),
o levantamento mensal, que será divulgado na próxima semana, está acima de
8,5%. A situação está tão negativa que já há quem afirme que o desemprego
aberto desta pesquisa será de 10%, mais 20% de informais, chegam a 30% da população
o sofrimento do desemprego. É a pior coisa que pode acontecer ao trabalhador.
Ontem, Miriam Leitão começava a
sua coluna, com o artigo “Dimensões da crise”, do qual é transcrito o primeiro
parágrafo: “No período de dois anos, entre 2014 e 2016, estão entrando no grupo
dos desempregados 4,7 milhões de brasileiros. A conta é do IBRE, da Fundação
Getúlio Vargas. A crise bateu nas famílias e nas empresas. Ontem, a Vale
anunciou um prejuízo recorde de R$6,6 bilhões apenas no terceiro trimestre. O
Banco Central avisou que a inflação vai demorar em chegar ao centro da meta”.
O ajuste fiscal é o samba de uma
nota só do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, um ministro que agora responde a
imprensa como um estressado. Por seu turno, o presidente do PT e o ex-presidente
Lula falam abertamente da sua insuficiência, em um conjunto de ações para
reduzir os gastos públicos, mas que tem contribuído para a queda da atividade
econômica do País, sem outras referências.
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