13/10/2015 - RENOVAÇÃO ANTECIPADA DE CONCESSÕES
A geração de energia elétrica
brasileira é feita por mais de cem hidrelétricas, na forma de concessão por
cerca de trinta anos. Venceriam as concessões no ano que vem. Porém, em 2012, a
presidente Dilma decidiu em reduzir as contas de energia elétrica em 20%,
antecipando as concessões. A consultoria Thymos Energia calculou que a citada
antecipação deixou o governo federal de arrecadar R$35,6 bilhões. Valor este
superior ao déficit primário estimado pela proposta de orçamento enviada ao
Congresso de R$30,5 bilhões. A
prorrogação não evitou que as contas voltassem a ser elevadas. Só neste ano
elas se elevaram em cerca de 50%, pressionando fortemente a inflação, a qual o
governo tenta debelar com elevação da taxa de juros, já no patamar de 14,25%. Por
seu turno, a falta de chuvas obrigou o governo a usar termelétricas, o que
encareceu bastante as contas de luz.
A edição de 2015 do Anuário Exame
de Infraestrutura listou 1.640 obras que irão custar R$1,2 trilhão. Há 95
projetos de obras de geração de energia elétrica, somando 60.600 megawats. Isso
corresponde à capacidade de cinco usinas Belo Monte, o incremento será de 44%.
Já na área de transmissão existem 33 projetos, prevendo 13.178 quilômetros,
aumento de 10%. Do orçamento global o governo já investiu 28%. Para os 72%
restantes precisa realizar parcerias público-privadas, visto que o BNDES tem
menos dinheiro para emprestar, as estatais estão sem caixa para investir e as
grandes empreiteiras estão envolvidas nas investigações da operação Lava-Jato.
A composição da matriz elétrica brasileira se compõe de 61,8% hidráulica; 11,2%
gás natural; 8,9% derivados do petróleo; 8,8% biomassa; 4,4% eólica; 2,5%
carvão mineral; 2,4% nuclear.
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