03/10/2015 - REDUÇÃO DA MÁQUINA PÚBLICA
Anunciada há dois meses a reforma
ministerial, ontem ocorreu, em resumo, passando os ministérios de 39 para 31,
fim de 30 secretarias, de 3.000 cargos comissionados e corte de 10% nos
salários dos ministros e da presidente da República, cujo fito é reduzir 20%
das despesas de custeio, sem mostrar onde serão os cortes por ministérios. A
lista das dez de medidas objetivou ser uma costura política, fortalecendo as
indicações de Lula, atribuindo mais um ministério ao PMDB, sendo remanejadas
algumas seis cabeças de área, indo para a pasta de Ciência e Tecnologia, Celso
Pansera, homem de confiança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na
esperança de que Cunha não coloque em votação o impeachment da presidente.
A primeira medida foi a redução
de oito ministérios. A segunda, fusão das pastas da e Pesca e da Agricultura. A
terceira, extinção da Secretaria de Assuntos Estratégicos com atribuições
integradas ao Ministério do Planejamento. A quarta, integração da Secretaria
Geral à Secretaria de Governo. A quinta, redução de 30 secretarias
ministeriais. A sexta, redução de três mil cargos comissionados. A sétima,
redução de até 20% em gastos de custeio. A oitava, corte de 10% na remuneração
da presidente e dos ministros. A revisão de contratos de aluguel e de prestação
de serviços. A décima, revisão do uso do patrimônio da União.
As medidas não deixaram de ser
boas para o ajuste fiscal. Porém, foram tímidas. Existe um projeto, inclusive
de autoria de Eduardo Cunha, de corte de 20 ministérios. Oito foi muito pouco.
Países maiores, em termos de produto e renda, tais como os Estados Unidos, Alemanha,
Japão, França e Reino Unido, possuem muito menos ministérios. A máquina estatal
continua pesada, perdulária e deficitária.
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