23/10/2015 - DESCONTROLES DA GESTÃO ECONÔMICA
A cada dia, nos últimos dias,
tem-se falado no rombo das contas públicas. Na verdade, desde o primeiro
mandato da presidente Dilma, a equipe econômica utilizou-se de uma
“contabilidade criativa”, na qual, se as despesas fossem maiores do que as
receitas, as primeiras seriam escondidas. De 2011 a 2014, apresentando de 2011
a 2013 superávits fiscais, mas, sendo reeleita, a presidente não teve como mais
segurar o rombo da sua gestão, admitindo déficit de 0,63% do PIB, R$32,5
bilhões, porém, esquecendo as pedaladas fiscais de 2014. Somente com os bancos
estatais correspondem a R$40 bilhões, conforme exposto pelo relatório do
Tribunal de Contas da União (TCU), já para serem compensadas neste exercício. Também,
até ontem havia admissão de frustrações de receitas de R$10 bilhões,
prevendo-se déficit primário de 2015 de R$50 bilhões. Anteontem, a Agência
Reuters afirmou que o déficit primário deste ano poderia ser de R$85 bilhões,
ao incluir as pedaladas fiscais, visto que o TCU não aceita mais a
reincidência, segundo cita ela, a uma fonte do governo com conhecimento do
assunto. Quer dizer, o governo poderá reconhecer que não terá superávit de
0,15% do PIB, R$8,7 bilhões, mas déficit primário. No próprio anúncio do citado,
recentemente, superávit de 0,15%, o governo já se referia as frustrações de
receitas de R$26,4 bilhões, o que já poderia apresentar déficit primário de
R$17,7 bilhões. Uma insegurança e um descontrole sem par em duas décadas. À
noite, o Ministro da Casa Civil, Jacques Vagner, admitiu que o déficit previsto
pudesse ser superior a R$70 bilhões neste ano, visto que o TCU está exigindo o
fim das pedaladas fiscais do ano passado e deste ano. Assim, finalmente, o
governo federal assume a sua incompetência, já que gasta muito mais do que
recebe pelo caixa do tesouro Nacional.
Este descontrole é semelhante ao
que havia com a SELIC, quando, em julho de 2011, o governo sinalizou que iria
reduzir rapidamente a SELIC de 12,5%, argumentando que, conforme a teoria, estimularia
a produção. Mas, qual, estimulou mesmo foi a inflação, porque não gerou
confiança dos investidores, que pleiteavam reformas estruturais, em especial, a
tributária. Voltou atrás, subindo de 7,25%, que ficou bom tempo estável, não
parando de subir até a reunião do dia 20 passado, mantendo-a em 14,25%. A
recessão se avizinhou em 2014 e está bem forte em 2015, prometendo ficar também
em 2016. Um quadro recessivo de dois anos consecutivos que há muitas décadas
não se repetia, sem contar com a baixíssima confiança dos agentes econômicos.
Ademais, o descontrole também
está sendo feito na política cambial, cujas operações de swap, para segurar o
dólar, já proporcionaram mais de R$100 bilhões de prejuízo neste exercício.
Comentários
Postar um comentário