01/11/2015 - NEM SEMPRE VALE O QUE ESTÁ ESCRITO
Conforme o ditado latino verba
volant, scripta manet; as palavras voam, os escritos permanecem. Em outros
termos, só vale o que está escrito. Mas, nem isto vale no Brasil da mais alta autoridade
da República, a presidente Dilma. Na campanha eleitoral de 2014, ela prometeu
por escrito que não mudaria direitos trabalhistas e de que não provocaria a
recessão; não cortaria verbas da educação, da saúde, de calamidades, do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas cortou por volta de 30%; dentre
outras mentiras. A partir do dia 01-01-2015, cortou logo as citadas referências.
É visível por todos. O próprio ex-presidente, há dois dias, em congresso do PT,
disse para todos e foi gravado, que o PT prometeu na campanha e muito tem feito
o contrário do que cumpriu. Isto não o redime, nem aos seus. Afinal, ele tem
55% de rejeição, a maior entre os pretensos candidatos, bem como a maior intenção
dos eleitores, com 23% dos consultados, que votariam “com certeza” nele. As
contradições, os desacertos, as mentiras, têm jogado o País numa “draga danada”
e a economia parece que entrou em parafuso. Desde o primeiro dia do ano só tem
má notícia e as perspectivas são ainda piores para mais de um ano à frente.
A população está em desencanto,
em várias pesquisas feitas nos últimos tempos. Dessa maneira, o senador Aécio
Neves (PSDB), que foi o segundo colocado nas eleições com mais de 51 milhões de
votos comparece na última pesquisa com 47% de rejeição, sendo o segundo com 15%
de eleitores “cativos”. Segue-lhe Marina Silva (REDE). Para somente citar três
nomes que ainda transparecem. A esperança é que surja um nome “novo” ou daquele
que irá governar sem adotar o corporativismo.
Voltando a Lula, o mesmo admite
que a crise irá durar muito tempo, devido à mudança do discurso de governo da
presidente Dilma: “Tivemos um problema político sério, porque ganhamos a
eleição com um discurso e depois das eleições tivemos que mudar o nosso
discurso e fazer aquilo que a gente dizia que não ia fazer”.
--- Este artigo, como o de ontem,
foi feito antecipadamente, devido à breve viagem.
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