21/10/2015 - FALTA DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA




Depois de recuar 47 meses consecutivos até agosto, segundo o IBGE, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de outubro é o menor desde 1999, conforme a Confederação Nacional da Indústria. Há quatro anos a participação da indústria era de 14% do PIB, hoje está próxima de 10%. Definha-se, acentuando a curva de pessimismo que se abateu sobre a economia brasileira. O ICEI caiu 0,7% em outubro e chegou ao ponto mais baixo da série histórica, iniciado em 1999. Em escala na qual os valores abaixo de 50 pontos se referem à falta de confiança, na escala de zero a 100, o ICEI chegou a 35 pontos em outubro. Citado patamar é 10,8 pontos inferior ao registrado no mesmo do ano passado, o que representa frustrações das expectativas dos empresários, em que a presidente cumprisse promessas de campanha, desde o seu primeiro mandato. Reforma política, reforma tributária, reforma da política público-privada, reforma da educação, reforma da saúde, reforma do ambiente dos negócios. São as principais.

A média histórica do ICEI é de 55,4 pontos, o que demonstra que a indústria esteve mais otimista do que pessimista nos últimos 16 anos. No entanto, recuando 47 meses mostra um revés sem par. Portanto, o ICEI de outubro está 20,4 pontos abaixo. Ou seja, queda de 37%. O pessimismo é maior entre as médias empresas com indicador de 34 pontos. As pequenas têm ICEI de 34,5 pontos. As grandes de 35,7 pontos.

O ICEI é composto por duas variáveis: a avaliação sobre as condições atuais da indústria e a expectativa do empresariado para os próximos meses. O primeiro é o ambiente dos negócios em que os capitalistas mais possuem dificuldades de atuação.

O Brasil passou grande parte do século XX projetando ser um país de grande base industrial, para ser considerado um país desenvolvido. Já, em 1956, a indústria correspondia a 16% do PIB, que foi crescendo paulatinamente até chegar ao máximo de 25% do PIB em 1985. Entretanto, começou também lentamente a diminuir de tamanho. Porém, nos últimos quatro anos a sua agonia é de ver sua participação caindo rapidamente. Isso enfraquece o País e coloca mais longe a esperança dele estar no rol dos países desenvolvidos.

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