28/11/2014 - REPATRIAÇÃO DA SUIÇA




O valor da repatriação de dinheiro depositado na Suíça, ao câmbio atual, R$65 milhões ou US$26 milhões, é o maior do Brasil para casos de corrupção, somente de depósitos desviados de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. O governo suíço já há alguns anos não tolera mais ser o esconderijo do globo de dinheiro ilegal. O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, também tem dinheiro lá fora, assim como outros envolvidos na operação Lava-Jato, o que será objeto de apreciação. No Brasil, foram bloqueados R$3.677 mil do referido Duque. No total dos arrestos brasileiros, também com diretores das empreiteiras presos, cerca de R$100 milhões já foram recolhidos em bloqueios.

A operação lava-Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro, já referida à estimativa de R$10 bilhões, relativos aos desvios de recursos por contratos com a Petrobras, no valor total de R$70 bilhões. Ao todo, 25 pessoas foram presas pela Polícia Federal nessa etapa da citada operação, referentes a nove empreiteiras, executivos da estatal e doleiros, tendo 18 já liberados da prisão temporária, estando sete em prisão preventiva.

Nesta semana, o jornal Estado de São Paulo trouxe um dado novo para o esquema do “petrolão”. Segundo denúncias de Paulo Roberto Costa, existe um modelo de atuação, em surdina, diferente, sendo do PMDB, visto que o modelo do PP, operado por ele, é até agora o investigado. Segundo o delator, o PMDB atuava com vários operadores, cada um atendendo a uma corrente diferente do partido, ao qual ele tinha que se entender, segundo orientação do PT. Portanto, os indícios são de que novas revelações poderão acontecer, abalando o que já se tem, após ouvir o receptador preso do PMDB, Fernando Baiano.

Dora Kraemer, em sua coluna de ontem, no jornal Estado de São Paulo, intitulada “Alta ansiedade”, mostra a extensão dos escândalos que estão abalando este ano: “Fio da meada. A julgar pela diferença dos valores entre os orçamentos iniciais e os custos finais da Copa do Mundo regidos por um regime de lei diferenciado, aprovado por rapidez pelo Congresso, não será surpresa alguma se amanhã ou depois surgir outro escândalo de contratos superfaturados. Afinal de contas, se como diz o advogado do lobista Fernando Baiano, no Brasil ‘não se põe um paralelepípedo no chão’ sem composição ilícita, imagine o que não deve ser feito para por tantos estádios fabulosos em pé”.

Por diversas vezes tem sido abalado aqui os escândalos de corrupção. O link desta coluna é de que os assuntos trazem altos custos para os brasileiros, empatando ao Brasil retornar ao crescimento virtuoso, em direção ao desenvolvimento econômico.

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