09/11/2014 - MISÉRIA CRESCEU NO PAÍS




A notícia de que a miséria cresceu no País surpreende porque o governo da presidente Dilma concentrou sua atenção no Programa Brasil sem Miséria, um apêndice do Programa Bolsa Família, pretendendo erradicar a miséria em quatro anos. Não ocorreu o seu final ainda e longe está de sê-lo. Pelo contrário, dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), criado em 1967, como órgão auxiliar de políticas públicas do governo, inserido na Secretaria de Assuntos Estratégicos, instalada no Palácio do Planalto, com status de ministério, revelaram que, entre 2012 e 2013, o número de pessoas que vivem na extrema pobreza no País teria aumentado 0,4%, passando de 3,6% para 4%. Ou seja, foram estimados que cerca de mais 370 mil de pessoas, aproximadamente, quer viviam com menos de R$70,00 por dia. No total seriam 9.250.000 de miseráveis extremos. Os números foram obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013. O assunto já era conhecido há cerca de um mês. Porém, em razão das eleições, embora o jornal Folha de são Paulo tenha divulgado o resultado provisório, ele foi postergado. Agora, o governo afirma que a diferença está na margem de erro e não mostra uma tendência. Entretanto, a elevação é a primeira, desde que o IPEA iniciou a série histórica em 2004. Os dados estão no site da internet do referido órgão.

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello afirmou que é “absurda” e “injusta” a acusação de que o governo teria segurado os dados, em razão da campanha eleitoral. Afirmou ainda que “não virou notícia antes porque não houve aumento”. É de pasmar a desfaçatez. Já o ministro da Secretaria de Assuntos estratégicos, Marcelo Nery informou que “Não são dados oficiais, levantados pelo IPEA, que não tem esse poder de dar o dado oficial de pobreza ou de extrema pobreza da Nação”.

O governo reeleito da presidente Dilma continua fazendo olhos de míope. O Brasil está descendo em seus indicadores. O PIB deste ano pode ter zero de incremento. O setor industrial diminui a cada mês, encerrando este ano provavelmente em menos 3%. As importações vêm batendo as exportações, podendo haver déficit comercial expressivo neste exercício. Ademais, o PT está desconfortável no Congresso, tendo reduzido seu poder de convencimento, o que faz o mercado aguardar um pr2015 cheio de dificuldades, as quais poderão piorar ainda mais o segundo mandato. A não ser, que a política econômica se torne realmente proativa.

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