02/11/2014 - INDICADORES CONTINUAM RUINS
Neste domingo, sete dias depois
da reeleição da presidente Dilma, no qual as expectativas estavam em torno do
anúncio de quem seria o Ministro da Fazenda, já que Guido Mantega está
demissionário há dois meses. Cogitou-se, entre outros, de Henrique Meirelles,
forte condutor do Banco Central durante os oito anos de Lula, que inspira
confiança nos mercados. Se for indicado um candidato manipulável, como o atual
ministro e o presidente do Banco Central, com certeza, o verdadeiro ministro da
economia continuará sendo a presidente. Por enquanto, a bolsa de valores tem
tido grandes oscilações, na segunda, depois da reeleição caiu muito, na terça, subiu
parecido, com a possibilidade referida de Meirelles. Mas, caiu muito na quarta,
mediante a notícia de que os Estados Unidos terminaram o longo período de
injeção de dinheiro para estimular a economia mundial. Na quinta, subiu bem,
visto que a SELIC foi elevada somente 0,25%, na noite anterior. Na sexta (dia
31), a bolsa elevou-se espetacularmente. O boato foi de que a presidente Dilma
não interferiu na elevação da taxa SELIC na quarta. Na bolsa existe “um samba
do crioulo doido”.
O fato é que nos últimos quatro
anos o PIB caiu de 2,7%, para 1%, 2,5%, 0,3% (projeção), de 2011 a 2014. A
média da gestão de Dilma é de 1,6%, a mais baixa média em pelo menos vinte anos
de diferentes governos. A inflação média do citado período foi de 6%, sendo
neste ano o esperado 6,5%. Quer dizer, PIB em trajetória de baixa, inflação em
trajetória de alta. A estimativa do déficit externo é de 3% médios no período
em referência, sendo o deste ano calculado em 3,7% do PIB. A dívida bruta de
pouco mais de 50% do PIB em 2010, já se encontra em 60% do PIB em 2014. Isto
ocorreu principalmente porque o superávit primário, que serve para pagar parte
de juros da dívida pública, enquanto outra parte é rolada, do primeiro governo
de Lula de 4%, caiu à metade no seu segundo governo (2%), reduzindo-se mais uma
vez à metade (1%) na gestão de Dilma, em termos médios e sem contabilidade
criativa. Àquela de antecipar pagamento de dividendos das estatais para elevar
o superávit primário no final de cada exercício destes quatro anos. Até mesmo,
quando se referem à criação de empregos, cuja taxa de desemprego está em 5%, a
criação de vagas formais na economia, caiu de 130 mil por mês, no segundo
mandato de Lula, para 86 mil por mês, em média anual, na administração de
Dilma.
Não há até o momento nenhuma
indicação de que o governo pretende alterar os rumos da política econômica.
Pelo contrário, eles afirmam que estão certos, sendo os defeitos decorrentes da
crise do mercado externo.
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