01/11/2014 - AMBIENTE MUNDIAL DE NEGÓCIOS
O Banco Mundial analisou 189
países e classificou o Brasil em 120º lugar, quanto ao ambiente geral de
negócios. A posição 120 já foi ocupada há cinco anos. No entanto, o País tinha
piorado até a 123º. Ao melhorar as lentas facilidades de fazer negócios, voltou
a uma posição que ainda é muito ruim, para um país que tem o sétimo maior PIB
do mundo. O Brasil está atrás de países como o Equador (115), Chile (41) e
México (39). Isto porque o Brasil praticamente não tem acordos comerciais
bilaterais (tem dois pequeníssimos), enquanto Chile e o México, cada um, têm
mais de cinquenta deles.
Vai de encontro à classificação
acima o HSBC Commercial Banking, que afirma que um número cada vez maior de
empresas estrangeiras escolhe o Brasil como a sede de seus negócios na América Latina.
Em relatório, O HSBC afirma que: “Já não é possível administrar os negócios na
região a partir de outro continente. Em função do tamanho e da importância de
sua economia, o Brasil é a opção natural para abrigar as sedes regionais. Um
ranking divulgado este ano pela Bloomberg mostra que o Brasil saltou 23
posições na lista dos melhores países para se fazer negócios, ocupando o 38º
lugar à frente de emergentes como Rússia e Índia, mas atrás de países como
China e Chile... Segundo a Associação Internacional de Congressos e Convenções
(ICCA, na sigla em inglês), foram realizados 315 eventos por aqui no pano
passado, quase metade deles nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo”.
Convém passar uma lupa nos dados
acima. Primeiro, o Banco Mundial examina praticamente o universo de nações,
enquanto a Bloomberg países escolhidos. Segundo, entre os emergentes está na
frente da Rússia e da Índia, mas perde para a China, que tem uma renda per
capita pouco maior do que a metade da renda brasileira. Terceiro, há décadas,
que o País não sai da rabada das estatísticas do Banco Mundial. Quarto, o
Brasil responde somente por 1% das transações comerciais no globo. Quinto, o Rio
de Janeiro e São Paulo, são os dois maiores Estados brasileiros, muito na
frente das 25 outras unidades federativas brasileiras. Sexto, o chamado custo
Brasil, isto é, o quanto as mercadorias brasileiras custam a mais do que a
média das mercadorias internacionais, está por volta de 30%. Em sétimo, o custo
de logística com transportes no Brasil é de 11%, enquanto nos Estados Unidos é
de 7%. Em oitavo, o País somente tem acesso aos oceanos pelo Atlântico, tendo
os seus navios de darem uma volta imensa em relação àqueles que têm as saídas
também para o Pacífico. Em nono, o câmbio brasileiro está valorizado em 31%, em
relação ao dólar, o que desestimula as exportações. Em décimo, por ter reduzida
a sua competitividade internacional, a indústria brasileira, que já chegou a
ser de 25% sobre o PIB em 1985, hoje, em 13%, está menor em participação do que
em 1956, por volta de 16% do PIB nacional.
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