14/11/2014 - CRIATIVIDADE NA CORRUPÇÃO




Os governos do PT inauguraram dois tipos de corrupção, principalmente de políticos, em mandatos federais: o mensalão e o petrolão. Os processos do mensalão começaram em 2005 e chegaram ao fim em 2013, envolvendo 40 réus, sendo condenados 25 deles. Comprovou-se que o PT, para conquistar aliados políticos, geralmente no Congresso Nacional, subornava-os com dinheiro vivo. Pensava-se que a compra de votos de parlamentares pararia no fim do primeiro mandato do ex-presidente Lula. Mas, não, conforme se verá abaixo.

Descobriu-se que estava instalado na Petrobras um esquema ainda maior do que o mensalão, desde 2004, quando o PP indicou Paulo Roberto Costa, para diretor de Abastecimento da estatal, sendo nomeado pelo ex-presidente Lula. O petrolão apresentou como seu gérmen investigações da Polícia Federal, em 2009, em Londrina, Curitiba, Brasília e outras treze cidades sobre transferências dinheiro vivo através do doleiro Alberto Yousseff, preso pela primeira vez em 2003, envolvido em remessas ilegais de dinheiro ao exterior. As pistas vieram do caso Banestado, escândalo no Paraná, de meados dos anos da década passada, quando referido doleiro obteve delação premiada, que resultou na condenação de 97 pessoas responsáveis pela remessa ilegal de R$28 bilhões ao exterior, bem como da operação Farol da Colina, que decretou a prisão temporária de 103 suspeitos de evasão de divisas, sonegação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O juiz federal Sérgio Moro vem conduzindo as investigações. No biênio 2012-2013, apareceram os primeiros sinais de ligação entre o esquema do doleiro com o diretor Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, de 2004 a 2012. Em março deste ano, a Polícia Federal detonou a operação Lava-Jato, quando foi preso o citado diretor da estatal, ficando evidente que Alberto Yousseff era o caixa pagador e recebedor. Em abril, aparecem as denúncias das empreiteiras, fornecedores de dinheiro de propinas na Petrobras, quando a cifra estimada de desvios é de R$10 bilhões. Em maio, o Congresso instala as CPIs da Petrobras. Provas colhidas contra políticos chegam ao STF. Em junho, Paulo Roberto Costa nega crimes nas CPIs. O juiz Sérgio Moro dá as CPIs acesso às provas da operação Lava-Jato. Em julho, depois de a Suíça bloquear US$23 milhões em contas de Paulo Roberto.  No Brasil os sigilos bancários de Paulo Roberto e Alberto Yousseff são quebrados. Em agosto, o ex-diretor aceita negociar o acordo de delação premiada e entrega o nome de mais de trinta políticos de três partidos, PT, PMDB, PP, bem como das empreiteiras em referência. Em setembro, o STF homologa a delação premiada de Paulo Roberto Costa. Yousseff também decide tentar um acordo de delação premiada, informando detalhes das operações de corrupção. Em outubro, Yousseff informa à PF que Lula e Dilma sabiam de tudo. Os advogados dos acusados estudam meios de impugnar o juiz federal citado, alegando que o citado juiz teria coagido os citados diretor e o doleiro.

A Petrobras, ontem, não divulgou seu balanço trimestral, conforme é obrigada por lei, afirmando que o fará em 13 de dezembro, após registrar prejuízos identificados pelas investigações do petrolão.  Enfim, o juiz federal Sérgio Moro irá apresentar ao STF os inquéritos para julgamentos. Não se sabe quando.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE