03/11/2014 -ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é
a instituição que mensalmente realiza a “Sondagem da Indústria de
Transformação”, tendo criado o Índice de Confiança da Indústria (ICI). É fato
comprovado que o atual governo federal não conseguiu trabalhar irmanado com a
indústria em geral, haja vista que a participação do Produto Industrial (PI) no
Produto Interno Bruto (PIB) tem diminuído na gestão da presidente Dilma. Isto
pode ser comprovado de diferentes formas. Poderia ser pelo exame do número de
microempresas, pequenas, médias grandes empresas, por conglomerados,
multinacionais; pelas receitas por elas geradas; pelo número de empregos
diretos e indiretos; pelo valor do investimento, dentre outros. Ou, por
indicadores de acompanhamento em grandes séries de tempo.
O indicador mais conhecido é o
ICI. A FGV trabalha com ele, no campo de variação teórico de zero a 200,
fazendo uma média móvel de cinco anos. O cálculo atual, até outubro, é de uma
média de 104,1 pontos. Entre boa e má notícia, veja-se primeiro que, em
outubro, depois de nove meses em queda, o ICI cresceu, passando de setembro de
81,1 para 82,6 em outubro. Mesmo assim, a citada sondagem da FGV informou o
quarto trimestre de 2014 em ritmo lento e com perspectivas pouco animadoras
para os próximos meses. A má notícia é óbvia, o ICI atual está muito distante
da média, a cerca de 80% dela. Vale dizer que reflete bem o recuo da produção
industrial, em razão dos reconhecidos motivos: (1) sentidos pelas empresas, dentre
outros motivos, a escassez de mão de obra qualificada, produtividade estagnada,
baixo crescimento tecnológico, alta carga tributária, em síntese, custos
relativo altos para a competitividade; (2) inflexibilidade governamental,
dentre outros motivos, câmbio muito valorizado, elevada carga tributária,
excessiva malha de leis, exigindo muito trabalho para atender exigências
legais, corrupção e elevadíssima burocracia.
Na gangorra da participação do
PIB brasileiro, o Produto Industrial vem caindo a cada ano, estando hoje por
volta de 13% do PIB, enquanto Produto da Agropecuária (ou do Agronegócio, mais
a Pequena Produção), já cresceu para 32%. Logicamente, a diferença de 55% é o
Produto do Setor de Serviços, o qual nos países desenvolvidos está acima de
60%. Dessa forma, fica bem claro que o Brasil é um país emergente, caminhando
lentamente para ser um país avançado, mas não tão distante deles. Ou seja, é um
país de renda média de US$11 mil.
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