25/04/2014 - À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS




Dois meses se passaram sobre ter-se colocado na crista da onda o escândalo que foi a compra da refinaria de petróleo de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, de grande e reconhecido prejuízo. A oposição veio tentando instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, exclusiva. A base aliada incluiu na proposição que fossem investigados também denúncias do metrô de São Paulo e de obras no porto de Suape, em Pernambuco, administrados por governos oposicionistas.  A amplitude da CPI examinaria denúncias da situação e da oposição. A oposição recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que a CPI fosse somente da petroleira. A ministra Rosa Weber concedeu liminar às 22 horas do dia 23, conforme praxe do STF, de atender ao direito da minoria. A base aliada aguarda a decisão do pleno do STF, mas já se prontificou a participar da constituição dos trabalhos da CPI.

A presidente Dilma, como presidente do conselho da Petrobras, admitiu, depois de oito anos, que não examinou adequadamente a compra da refinaria, hoje com prejuízo de US$1 bilhão. Demonstrou incompetência no cargo, ao afirmar que se baseou em resumo técnico de uma folha e meia de papel. A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, declarou recentemente que foi um mau negócio feito em 2006, quando ela ainda era técnica da estatal, baseada em dados atuais, mas dando razão à presidente Dilma, de que ela não obteve elementos para o correto julgamento, muito embora mais de 400 páginas estivessem a sua disposição. Na verdade, ela está querendo manter o cargo, embora não se justifique um apoio tão servil. O ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, revelou que, na época, fora um bom negócio. Disse que assumiu a parte da sua responsabilidade e que a presidente Dilma deveria também assumir a sua, que é bem maior. Ela nada disse em público a esse respeito, mas está furiosa. Instado por várias vezes a referir-se sobre o assunto, somente anteontem o ex-presidente Lula afirmou estar “por fora” sobre a polêmica compra da refinaria americana. A mesma atitude de agora, ele teve sobre o “mensalão”, reiterando várias vezes que nada sabia.

Para esquentar o clima, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta semana, que os preços dos combustíveis vão baixar ainda neste ano, referindo-se a uma provável melhor safra de álcool, o qual é aditivo de 25% da gasolina. Ora, os reajustes da gasolina e demais combustíveis estão defasados há cerca de dez anos, estando previsto aumento deles em junho. Esse cidadão, que somente tem feito previsões muito fora da realidade, ainda joga lenha na fogueira, não reconhecendo que a Petrobras já perdeu mais de 50% do seu valor desde 2010, necessitando urgente de reajustes.

A situação poderá ferver quando for colocado o escândalo da “privatização” da Petroquímica Triunfo, já com vídeos divulgados na internet.

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