07/04/2014 - MAIS QUENTE




Entre 1983 a 2012 ocorreram as três décadas mais quentes dos últimos 1.400 anos. Isto foi apresentado em reunião no dia 31 de março, em Yokohama, Japão, mediante resultados de 12 mil estudos compilados por 259 cientistas. Dessa forma, divulgou-se o relatório do 5º Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, sigla em inglês). A continuada elevação da temperatura global continuará produzindo fome, ondas migratórias e conflitos mundiais nas décadas seguintes, se não forem reduzidas as emissões principalmente de dióxido de carbono, o principal elemento causador do aquecimento. A concentração de gases é também reforçada por metano e óxido nítrico. As regiões mais pobres serão as mais afetadas principalmente as áreas tropicais de baixa latitude. No Brasil, a Amazônia e o Nordeste são as áreas que serão mais prejudicadas, justamente aquelas onde se concentram mais pobres. No mundo, a perspectiva é de que países do Centro da África e parte do Sudeste Asiático sejam os mais impactados. Ou seja, os países mais causadores de emissões de carbono, tais como os Estados Unidos e a China sentem menos do que aqueles povos mais pobres.

O chamado efeito estufa só faz crescer desde 1750, data da criação da máquina a vapor (o trem de ferro), por James Watt. As consequências vêm em cadeia. Aumento das temperaturas e acidificação do mar. Ondas de calor mais intensas e duradouras, escassez ou excesso de chuvas, perdas para a agricultura, migração de doenças tropicais para novas áreas e degelo de calotas polares. Elevação do nível dos oceanos. Provável extinção de espécies, tais como o urso polar. Inundações em até 70% das áreas costeiras, destruição de moradias, perdas econômicas em portos, em parques industriais e deslocamentos populacionais descontrolados. Destruição de corais, redução de espécies animais, perdas para a indústria pesqueira e escassez alimentar em áreas dependentes do mar.

Enfim, os prognósticos continuam sendo catastróficos. No sertão nordestino, onde chove pouco, a tendência é de ficar mais seco. Na Amazônia, o desmatamento do seu Leste, afeta o transporte de umidade, causando maior precipitação no Oeste da Amazônia. Também dirigindo mais chuvas ao Sudeste e Sul do País. Inundações e deslizamentos mais nas grandes cidades de morros, tais como Rio de Janeiro e São Paulo. Perdas na região costeira.

A solução aventada há décadas seria a criação de um imposto universal, recurso que seria dirigido para o controle de referidas emissões de gases. Mas, quando será criado ninguém sabe. Enquanto isto o problema continuará se elevando.

 

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