02/05/2014 - VITÓRIA SERIA APERTADA




Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) e o Instituto MDA, divulgada no final do mês passado, cujas entrevistas de 2002 pessoas foram realizadas nos dias 21 a 25 de abril, confirmou o cenário diagnosticado pelo DATAFOLHA, do início de abril, na qual a queda nas intenções de voto da presidente Dilma caiu 6,7%, de 43,7% para 37%, margem de erro de 2,2%, enquanto o pré-candidato tucano Aécio Neves cresceu 4,6%, saindo de 17% para 21,6%, assim como o pré-candidato socialista Eduardo Campos subiu 1,9%, de 9,9% para 11,8%. Referida pesquisa foi estimulada com apenas os três candidatos. Ela venceria no primeiro turno eleitoral por pouco.

Os efeitos do atual noticiário negativo sobre a Petrobras influenciaram 30,3% dos entrevistados, que declararam acompanhar o assunto. Outros 19,9% afirmaram ter ouvido falar sobre o mesmo. Mais de 50% de observadores atentos. Os fatos econômicos vem se desdobramento negativamente para a atual administração do País. Mais de três anos se passaram e os números são ruins. Escândalos, crescimento pífio do PIB, inflação em alta, serviços públicos de péssima qualidade, maquiagem das contas públicas, elevação de impostos e incapacidade de promover as reformas econômicas prometidas.

A imagem que a presidente construiu começou até bem, no primeiro ano, quando ela procurou fazer uma “faxina ética”, trocando cerca de dez ministros. Mas, foi só. O tempo foi passando, ela tem se demonstrado mal humorada, arredia aos convites dos empresários e a ausência de uma agenda de longo prazo para o País.

Na Folha de São Paulo, datada de 30 de abril, Elio Gaspari, fez artigo intitulado “o deslizamento de Dilma”, iniciando: “A campanha pela reeleição da doutora Dilma está numa enrascada. Carrega uma cruz do passado (as malfeitorias petistas, do mensalão às traficâncias da Petrobras) e lhe puseram nas costas outra do futuro (o “volta Lula”). Está presa à necessidade de justificar o que não fez e a uma ideia segundo a qual talvez não seja a melhor escolha, nem mesmo para os petistas e seus aliados... O desgaste de Dilma decorre da exposição de um desgaste do aparelhamento imposto ao Estado. Em menos de um mês abalaram-se duas candidaturas nas quais a nação petista fazia fé. Um só doleiro, veterano der duas delações premiadas, arrastou a campanha de Alexandre Padilha em São Paulo e a de Gleisi Hoffmann no Paraná. Sabendo-se que o partido está sem pai nem mãe no Rio de Janeiro, à malversação de recursos públicos somou-se outra, de votos... Lula foi eleito em 2002 porque a invulnerabilidade sociológica do tucanato era uma fantasia. Mesmo que ele saia do banco de reservas e vá para a quadra, as urnas poderão mostrar que a dele também não é”.

Os três candidatos estão firmes em seus propósitos. A presidente Dilma afirmou, pela primeira vez, que será candidata mesmo sem apoio da base aliada. Enfim, está muito cedo para prever-se o resultado das eleições de outubro. Porém, a “chapa está ficando cada vez mais quente”.

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