23/03/2014 - REFORMAS INSTITUCIONAIS
As manifestações de rua eclodiram
com muita força em junho de 2013, mas vinham de muito antes, através de
organismos não governamentais, instituições populares ou não, tais como OAB,
CNBB, cobrando do atual governo as prometidas reformas institucionais. O
Brasil, depois da estabilidade econômica, a partir de 1994, vem necessitando
melhorar os seus institutos.
Em primeiro lugar, necessita de
uma verdadeira reforma política. Não daquela que está ainda em discussão no
Congresso, chamada de minirreforma, discutindo basicamente os financiamentos de
campanha. Existem 32 partidos políticos no Brasil onde os seus representantes
batem cabeça. Em decorrência eles disputam 39 ministérios. Uma máquina pública
pesada e custosa. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, que existe há mais
de quatro décadas, entre 148 países, ranqueando do melhor (1º) para o pior (148º),
o País ocupa o 136º lugar do mundo de confiança nos políticos.
Em segundo lugar, é fundamental
uma reforma tributária. Também existe projeto no Congresso. A última verdadeira
ocorreu em 1967. Espera-se uma reforma tributária que não se concentre na
produção, e sim, na renda e no patrimônio. A arrecadação pode ser mais fácil
nas etapas intermediárias. Porém, é mais eficiente nas etapas finais, como de
resto ocorre nos países desenvolvidos.
Em terceiro lugar, é basilar
elevar a produtividade da economia. Para tanto, é preciso um planejamento
nacional verdadeiro, definindo metas de longo prazo, à semelhança do que já se
teve na democracia, tal como o Plano de Metas de JK, em 1956, bem como na
ditadura, tal como o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento do governo
Geisel, em 1974. Dessa referida reforma deveriam sair às verdadeiras
prioridades, como exemplos, para a educação integral e para a verdadeira saúde
universalizada.
Em quarto lugar, a reforma para
redução do chamado custo Brasil. Até que o País tem, desde 2007, o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), um programa de atuação infraestrutural, que
poderia colocar o custo Brasil lá em baixo. Porém, nem metade dos investimentos
previstos foram realizados, não obstante definições dos projetos para o PAC 1
(2007-2010), para o PAC 2 (2011-2014), bem como aspirações para até um PAC 3
(2014-2017), visto que o projeto político do PT é permanecer longo tempo no
poder. Entretanto, por exemplo, no dia
20 deste mês o Banco Mundial divulgou o Índice de Performance de Logística
(LPI), pela sua terceira edição trianual, contemplando 160 países. O Brasil
ficou na 61ª colocação em 2007, quando o PIB cresceu próximo de 5%; melhorando
para a 41ª posição em 2010, quando o PIB aumentou 7,5%; e, piorando para o 65º
lugar em 2013; quando o PIB recuou para 2,3%. Dentre os grandes países
emergentes somente está na frente da Rússia, este em 90ª posição.
Comentários
Postar um comentário