11/03/2014 - FRIBOI
Perto de um ano tem havido a
enxurrada de propaganda do maior frigorífico nacional, o FRIBOI, utilizando-se
de Tony Ramos, ator de grande credibilidade. Divulgou a empresa que suas vendas
se elevaram em 30%, basicamente no mercado interno, visto que continuou sendo a
maior exportadora mundial de carne bovina. Agora, vêm ainda mais forte, dentre outros
artistas globais, com Fátima Bernardes, Ana Maria Braga e Roberto Carlos. Os
gastos intensos de propaganda em carne confiável, para consumo doméstico, antes
nunca tentado, levam à especulação de que haveria retração nas vendas
internacionais, assim como a empresa precisa faturar muito, tendo em vista
pagar os financiamentos concedidos pelo BNDES, em valor informado de R$20
bilhões. Ocorre que tais recursos pagam taxas de juros subsidiadas, cerca de
3,5% ao ano, quando o Tesouro Nacional, que é quem tem reforçado o caixa do
BNDES, paga, no mínimo a taxa SELIC de 10,75% anuais, de dinheiro captado no
mercado financeiro. Recente episódio do grupo EBX, do senhor Eike Batista,
demonstrou que, mesmo tomando dinheiro emprestado do BNDES, a taxa subsidiada,
a sua petrolífera, OGX, ingressou em processo de recuperação judicial (a antiga
falência).
Ainda está para vir ao
conhecimento público quem são os capitalistas que mamam nas tetas do BNDES,
assim como o grau de capacidade empresarial de tocar seus projetos. Recentemente,
foi denunciado contrato da ODEBRECHT, de superfaturamento com a PETROBRAS,
realizado em 2007, mas somente agora com relatório final de auditoria. Na
esteira de desperdício de dinheiro público, o comum é ver que as obras públicas
são superfaturadas, de uma forma em geral. Investigadas pelo Tribunal de Contas
da União possuem relatórios específicos que vão para definição no Congresso
Nacional.
Em resumo, os privilégios que
alguns capitalistas têm das esferas de governo, fazem recuar grandes
investidores, tanto nacionais e internacionais nos últimos tempos, que não
aceitam a referida discriminação. Os maiores exemplos, no quadro geral da
economia brasileira, desde o início da crise internacional de setembro de 2008,
demonstra que a poupança global, que era 19% em 2008, recuou para 14,7% do PIB
em 2013, bem como o investimento bruto se retraiu de 20,7% para 18,4%, no mesmo
período.
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