31/07/2012 - INADIMPLÊNCIA DAS EMPRESAS
A Serasa é a empresa que tradicionalmente realiza o cadastro de pessoas físicas e jurídicas. Ela acompanha os movimentos de bom e mau pagadores. Divulgou ela ontem o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, mostrando que o calote das empresas é o maior em um semestre desde 2009. Ele foi de 16,5%. A explicação dos economistas da Serasa é de que referido indicador acompanha uma cesta de empresas de pequeno e médio porte, estas, que estão no varejo e no setor de serviços, transacionando diretamente com o consumidor, somente poderiam refletir a alta inadimplência das famílias. A diferença entre a Serasa e o serviço de Proteção ao Crédito (SPC) é de que a Serasa recebe informações financeiras de todo o País, já o SPC é mantido pelas associações comerciais e prestadoras de serviço em geral.
Ontem também foi divulgado o informativo semanal FOCUS do Banco Central, refletindo a opinião de cerca de 100 instituições financeiras, os quais mantiveram a expectativa de crescimento de 1,9% neste ano e que tal taxa poderá ser reduzida em 2013. Não é notícia pior para um presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que projeta crescimento de 4,5%, anual, já a partir do segundo semestre de 2012. As peças não estão nem chegando perto e isto é preocupante para um governo do PT, que quer ser reeleito. A par disto, os analistas financeiros elevaram a estimativa da inflação oficial (IPCA), de 4,92% para 4,98%, neste ano. Para 2013, manteve-se a projeção inflacionária de 5,5% pela quinta semana. A estimativa para a taxa básica de juros, a SELIC, em 2012, manteve-se em 7,5%, pela sexta semana, enquanto para 2013, a projeção permaneceu em 8,5%. A respeito do dólar em 2012, a estimativa sofreu leve alta, ao passar de R$1,95 para R$1,96. Para 2013 foi mantida em R$1,95.
A esta altura do campeonato, as
previsões acima continuam sendo sofríveis. O governo federal parece em beco sem
saída e aumenta suas chances de perder a partida. Muitas greves estão pipocando
dentro do próprio governo. Daqui a dois dias se inicia o maior julgamento da
história, adiado desde 2005, antes chamado de ‘mensalão’, agora de Ação Penal
470. Serão 38 réus políticos de alto calibre, cujos processos constam de mais
de 50 mil páginas de documentos e depoimentos distribuídos por 234 volumes.
O chamado julgamento do século,
depois de sete anos, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal farão o seu
papel. É difícil que depois de tanto tempo acabe ‘em pizza’. A mídia vê a
tendência pela punição, mas também se vê entre os acusados o clima do salve-se
quem puder.
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