19/08/2012 - BANCO CENTRAL SINALIZA



A evolução dos sistemas econômicos, por simplicidade, surgiu de uma economia estacionária, que não crescia, em termos de riqueza, na Idade Antiga, visto que a relação humana era de guerra de conquistas, na qual se faziam escravos, que não produziam e muito da riqueza criada era destruída. A relação pessoal dominador–escravo provocava grande desgaste humano. A evolução mais marcante se deu na passagem para a Idade Média, quando a relação entre as pessoas passou para senhor-servo da gleba. As sociedades permaneciam fechadas, havendo geração de excedentes econômicos insuficientes para a sociedade ser fluorescente. O comércio de povos antigos, tais como assírios e fenícios não traziam progresso. O rompimento com a Idade Média deu-se justamente pelo comércio pelos mares continentais, movimento conhecido como Mercantilismo, surgindo um progresso sem par, havendo acumulação de excedentes, o que se chamou de Idade Moderna. Já era o prenúncio do capitalismo, que tem por pressuposto a grande acumulação de excedentes. Nas relações de confiança entre os povos, os metais preciosos se tornaram objeto de cobiça. Portanto, tornaram-se lastros para os negócios internacionais. A evolução na relação humana passou para empresário-trabalhador. Ora, as moedas que tinham mais valor seriam em ouro. Assim, os bancos centrais surgiram no século 17, na Suécia e na Inglaterra, para regular as trocas mundiais, porém, sua existência somente se disseminou 200 anos, depois de iniciada a Idade Contemporânea, considerada a partir de meados do século 18. Na verdade, a Inglaterra impôs o PADRÃO OURO de trocas pelo Banco Central (BC), de 1840 a 1930. O xerife se tornou o BC (da Inglaterra). A autoridade monetária visou assegurar a estabilidade financeira dos países que passaram a vincular o valor das moedas às reservas de ouro dos governos, visto que a Inglaterra não tinha problema, já que sua moeda é de ouro até hoje. Entretanto, as tensões se instalavam, passando pelos grandes conflitos até chegar a Grande Depressão de 1929. O Estado então tomou às rédeas do BC, pelo mundo, impondo reformas e regras, que desaguaram na criação do FMI, quando findou o padrão ouro, este, apenas referencial, para conversibilidade, mas continuava o controle do Estado ao BC. Em 1971, o governo de Nixon decretou a inconversibilidade do dólar. O BC no mundo iria ganhar autonomia, sendo inaugurado outro período, de 1973 a 2007, de combate à inflação, visto que a economia mundial foi incendiada pelos choques do petróleo. O BC brasileiro, que nunca teve independência, passa a ter certa autonomia, a partir de 1999, criando as metas da inflação e deu certo. Foi o acerto definitivo necessário ao Plano Real, de 1994, cuja estabilidade econômica permanece até hoje.
A partir de 2007, a estabilidade do sistema econômico internacional, depois da crise atual, que já se aproxima de cinco anos, o BC, pelo mundo rico, passou a adotar práticas não convencionais, reestruturando hipotecas, comprando dívidas de empresas e sendo sinalizador das perspectivas com maior credibilidade mundial. No Brasil, o BC adquiriu notoriedade, desde 1999, nunca vista, ao ponto de divulgar ontem o seu índice de desempenho econômico brasileiro de maio para junho, o IBC-BR, de 0,75%, em um mês, o que sinalizou para os mercados a recuperação da economia nacional ou de que não irá ingressar em recessão, saindo da relativa estagnação em que se encontra.

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