01/08/2012 - BLECAUTE
A palavra black out foi
aportuguesada devido as ameaças pelas quais o Brasil já passou na sua história,
justamente por inabilidade política governamental. Isto é, o governo federal
sanciona uma lei sem a responsabilidade de sua regulamentação. Foi o que
aconteceu nestes dias com a lei que obrigou mudar a rotina do transporte de
caminhões pelas estradas do País. O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) passou
a liderar, muito embora existam organizações isoladas que também paralisaram,
há cinco dias a paralisação de veículos de grande porte em todas as regiões do
País. O caos, de repente, instalou-se, visto que mais de 70% do transporte de
cargas no Brasil é feito por rodovias. Os produtos perecíveis começaram a se estragar,
os caminhoneiros começaram a vendê-los a qualquer preço nas estradas e
começaram a faltar alimentos nas cidades. Os preços se desalinharam para cima.
Não houve diálogo que fizessem os caminhoneiros se adaptarem a nova rotina. Na
força em que ia o blecaute a situação poderia ficar insustentável.
O resultado foi o recuo. Depois
de quase cinco horas de reunião com o Ministro dos Transportes, Paulo Passos e
os representantes do MUBC, a União resolveu suspender a
nova lei de rotinas e o MUBC decidiu suspender as paralisações. Porém, existem
grupos não vinculados ao MUBC que não aderiram à volta. Contudo, acredita-se
que o bom senso prevalecerá. Como resultado, os prejuízos foram enormes, haverá
efeitos na alta da inflação, assim como a categoria de caminhoneiros, com a
visibilidade obtida, começou a protestar contra os baixos valores dos fretes, a
falta de segurança nas estradas, o preço elevado dos combustíveis, de muitos
pedágios e a falta da regulamentação da profissão.
Mais uma vez se vê as
instituições federais despreparadas e o nome disto é a falta de planejamento
governamental global de longo prazo.
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