05/08/2012 - JOSE MUJICA


Lendo a crônica do poeta Ferreira Gullar nos jornais de hoje acerca do presidente do Uruguai, Jose Mujica, o título do artigo é “a exceção e a regra”, que ele nem diz que tomou emprestado a Bertoldo Brecht. Porém, coloca toda a força de seu histórico comunista. Referido presidente doa 90% do seu salário para obras sociais. Sua mulher, senadora, doa também quase todo o seu salário, segundo ele. Ao comparar com a situação brasileira, Gullar afirma: “É que a corrupção tomou conta do aparelho do Estado de tal modo que parece não ter mais volta. Não se trata apenas de roubo puro e simples, da apropriação de recursos públicos, que são desviados para a caixa dos partidos e para o bolso dos políticos. Também o uso da máquina, dos muitos favores e da lei, para benefício dos ocupantes de altos cargos nos diferentes setores do poder. Sem qualquer escrúpulo, a casta que se apropriou do País atribui-se a si mesma altos salários, vantagens e privilégios que envergonhariam qualquer um. São salários que a maioria dos brasileiros jamais ganhará, mesmo que trabalhe 20, 30 anos. E o pior é que grande parte daquela gente simplesmente não trabalha. Muitos recebem como funcionários públicos para prestar serviços na casa ou na firma do parlamentar que os apadrinha”. O presidente uruguaio foi guerrilheiro, de ideologia marxista, que permanece com mesmos princípios de socialização.
Enquanto isto, pesquisa do jornal O Globo demonstra que os desembargadores pelo Brasil percebem vencimentos superiores ao atual teto constitucional, de R$26,7 mil, não apresentando alta produtividade, visto que existem muitos milhares de processos embargados em prateleiras, conforme atesta o Conselho Nacional de Justiça. O levantamento realizado em 16 tribunais de justiça levou ao salário médio de R$31,8 mil.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ONDAS DE CALOR

LÓGICA DO AGRONEGÓCIO

PREVISÕES SEMANAIS