10/08/2012 - INFLAÇÃO ECONÔMICA
O fenômeno inflacionário acontece quando existe a dilatação de um corpo em relação a outro, intimamente relacionado. Em teoria econômica, simplesmente, a inflação é a maior quantidade de moeda do que a dos bens mais os serviços transacionados. Mediante a escassez observada, os preços de produtos sobem. A questão é se é tolerável ou se desorganiza a economia, provocando perdas em grande parte da sociedade, quando muito elevada. O conceito de inflação econômica se encontra nos manuais, a exemplo dos escritos por Mário Henrique Simonsen, conforme seu registro, o conceito de inflação é a alta continua e persistente de preços. Existem muitos modelos teóricos de inflação, sendo o mais famoso o da teoria quantitativa da moeda. Nele se considera os diferentes tipos de moeda vezes as suas velocidades, o que seria o lado financeiro da economia, em equivalência às quantidades dos bens e serviços vezes respectivos preços, o que seria o lado real da economia.
Medir a inflação é uma das maiores abstrações das estatísticas econômicas. Inúmeras são as fórmulas. Existem fórmulas para a inflação mundial, para a inflação dos continentes, dos blocos econômicos, dos países, das regiões, dos estados, das cidades. Existem fórmulas para as pessoas físicas e jurídicas. Para os cidadãos, conforme a idade, classe de renda. Para os objetos, tais como (1) salários e aposentadorias, (2) aluguéis e (3) custo de vida em geral. Sem dúvida, estes três últimos conjuntos são os mais importantes na regência econômica.
O custo de vida é o mais importante. No Brasil se chama oficialmente de Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para chegar-se ao IPCA é feita uma pesquisa em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para ver valores dos aluguéis) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os cobrados ao consumidor. O período de coleta vai do dia 1º ao dia 30. São considerados nove grupos de produtos: alimentação, bebidas, artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas. A cesta de produtos está por volta de 460 itens. A inflação brasileira atual é de 5%, aproximadamente. Não é ruim, mas não pode passar desse limite, visto que pode desorganizar a economia nacional.
O indicador que corrige o salário mínimo e as aposentadorias é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também calculado pelo IBGE, desde 1979, referindo-se às famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. Atualmente está em 3%. Na história comparece na maioria das vezes como menor do que o IPCA.
O indicador que corrige os aluguéis é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, ele ora se apresenta maior, ora menor do que o IPCA. Têm forte influência da política cambial.
Enfim, é melhor usar o IPCA, devido a sua abrangência. Isto é, ele capta os fenômenos econômicos com mais efetividade.
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