03/08/2012 - SELO DE PROCEDÊNCIA
O selo de procedência é o
atestado de que o produto é da melhor qualidade. O pedido de reconhecimento do
produto é feito pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que
lhe põe uma certificação, ou reconhecimento da indicação geográfica,
evidenciando que ele foi feito em observação das melhores práticas, como o
respeito à cultura local e a preservação da biodiversidade. A chancela do INPI
coloca o produto em um patamar diferenciado em relação aos concorrentes,
ressaltando a qualidade do bem a ser consumido. Por exemplo, a cachaça
brasileira. A chamada cachaça orgânica é reconhecidamente natural, isto é, sem
colocação de produtos químicos, elaborada pela origem da sua matéria prima e de
sabor superior. O mesmo acontece com os produtos do campo que não levam
conservantes. segundo pesquisa do SEBRAE, o preço médio do produto certificado
é de 30% maior do que o não selado.
A prática começou na França, nos
anos de 1990, que solicitou à Organização Mundial do Comércio (OMC), que
regulamentasse a proteção do conhecimento secular sobre produção de bens como
champanhe e queijo roquefort, classificados como um tipo de propriedade
intelectual. No Brasil, a primeira a
obter há dez anos a certificação foi a Associação dos Produtores de Vinhos
Finos do Vale dos Vinhedos no Rio Grande do Sul. Outros exemplos são o café do cerrado mineiro,
o arroz do litoral norte gaúcho, o camarão da Costa Negra do Ceará, o
artesanato em Capim Dourado do Tocantins, as panelas de barro de Goiabeiras do Espírito
Santo, a cachaça de Paraty do Rio de
Janeiro, dentre muitos. Atualmente existem 65 pedidos de selos de procedência
em tramitação no Brasil. Até julho foram aprovados 25 selos, dentre os quais se
podem citar o Artesanato em estanho de São João Del Rei, em Minas Gerais;
Calcados de Franca, em São Paulo; Queijo Minas artesanal da serra da Canastra,
em Minas Gerais; dentre outros.. Antes,
até 2010, somente oito empresas possuíam selos.
A principal exigência é ser
reconhecido por oferecer produto único, só possível ser encontrado em certa
região, por conta do clima, vegetação ou altitude, ou pelo envolvimento
tradicional na fabricação. Deve haver padronização e, também, um órgão
controlador, a exemplo de universidade, Embrapa, Iphan ou Ministério da
Agricultura.
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