16/08/2012 - IDEB 2011
O Ministério da Educação divulgou
anteontem e ontem o principal assunto dos jornais do País, os resultados da
pesquisa bianual, iniciada em 2005, do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB), referentes às notas obtidas pelos estudantes da rede pública, para
o ensino fundamental e o ensino médio. Foram analisadas 30.842 escolas
brasileiras. O levantamento levou em cota dois fatores que interferem na
qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e
abandono) e médio de desempenho na Prova Brasil, para cada nível de ensino
realizado. Para o ensino fundamental, são analisadas as notas da 4ª e 8ª
séries. Quanto as Prova Brasil, relativas ao estudo de português e matemática,
ela é aplicada para crianças do 5º e 9º ano do ensino fundamental e para o 3º
ano do ensino médio. Os colégios privados estão fora da análise, bem como os
Institutos Federais de cursos técnicos.
O resumo das notas publicadas no
site do MEC agora demonstra os escores observados e os projetados por ele para
dois anos. A nota observada do IDEB dos anos iniciais do ensino fundamental em
2005 correspondeu a 3,8; em 2007, a 4,2; em 2009, a 4,6; em 2011, a 5; na
escala de zero a 10. Quer dizer, o grande esforço de TODOS PELA EDUCAÇÃO para
os anos básicos de estudo somente se chegou agora a 5. Por seu turno, a meta do
MEC para estes infantes em 2021 é de nota 6. Referida projeção é a média dos
países desenvolvidos em 2010, os quais querem passar para 8, em 2021, segundo a
OCDE. Vale dizer que a distância ainda será de aproximadamente 2 pontos. Muito
grande. O IDEB dos anos finais do ensino fundamental observado em 2005 correspondeu
a 3,5; em 2007, a 3,8; em 2009, a 4; em 2011, a 4,1. Quer dizer, os alunos vão
crescendo e muito piorando em seu desempenho, muito aquém da média universal de
aprovação de 5. A meta do MEC deste grupo, para 2021, é de 5,5. O IDEB do
ensino médio público observado em 2005 correspondeu a 3,4; em 2007, a 3,5; em
2009, a 3,6; em 2011, a 3,7. A meta do MEC para 2021, para este grupo é
alcançar 5,2. A média aritmética dos três grupos observados em 2011 equivaleu a
4,26. Portanto, a EDUCAÇÃO BÁSICA ainda está reprovada. A meta aritmética do
MEC para 2021 dos três grupos é de 5,56. Não chegará em 2021 nem ao grau 6
que países desenvolvidos tinham em 2010.
O Ministro da Educação, Aloysio
Mercadante, um educador da UNICAMP, com doutorado em economia, eleito com mais
de 10 milhões de votos para senador, por São Paulo, veio ontem a público dizer
que o MEC está cumprindo as metas bianuais, conforme consta do seu site (do
MEC). Isto que se vê é muito pouco, não se propiciando o salto de qualidade que
se requer para que o Brasil seja desenvolvido.
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