12/08/2012 - COTAS NA UNIVERSIDADE
Encontra-se lei para sanção
presidencial, de que 50% das vagas nas universidades públicas sejam reservadas
para os estudantes oriundos de colégios públicos. Os legisladores brasileiros
reconheceram que os alunos advindos das escolas públicas não possuem condições
de concorrer com aqueles aspirantes às faculdades federais do ensino privado.
Ora, reservar vagas é uma atitude mais simples do que atuar para melhorar o
nível daqueles que têm pior desempenho nas notas e não conseguem ingressar nas
universidades. Sem dúvida, no conjunto, estará se premiando a mediocridade.
Afinal, os melhores alunos devem ter ingresso às universidades e não haver
reserva de mercado.
A educação brasileira é um
monstro que praticamente não tem creches, o ensino fundamental tem um processo
‘acelerado’ de aprovar o aluno, para que todos tenham acesso à educação. No
ensino médio público a educação é de melhor qualidade do que no ensino
fundamental e nas universidades se busca a excelência. O processo está
invertido, como apregoava Darcy Ribeiro. A qualidade tem que se buscar em todas
as áreas.
Agora mesmo professores,
funcionários e alunos estão em greve nas universidades federais há mais de dois
meses. O governo federal não negocia com felicidade, já que os pleitos são
basicamente de fundo econômico, salários e mais verbas para a educação. A União
tem orçamento público engessado, priorizando o pagamento da dívida
governamental, em detrimento dos investimentos, sendo a educação aquele que
mais resultados poderia apresentar.
O fato concreto é de que se gasta
hoje 5% do PIB com educação e se gasta mal. Os critérios têm que ser melhores
focalizados. A educação infantil e juvenil deveria ser de tempo integral. Os
professores deveriam ser melhores pagos, melhores treinados e avaliados por
produtividade. Sem medo de errar, não se pode esperar para, em cinco anos, se
elevar de 5% para 7% e, em dez anos, para 10% do PIB o dispêndio educacional.
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