21/08/2012 - DEMOGRAFIA E ECONOMIA


Projetar o mundo em 2052 é um exercício que mais tem feito os demógrafos. Em meados do século está prevista a estabilidade da população mundial. A ONU extrapola 9,3 bilhões de almas em 2050 e 10 bilhões em 2100. Quer dizer, mais quarenta anos e a população mundial não crescerá como se comportou no curso da história. Os dados demográficos do Brasil estão em linha com as projeções globais, sendo que no Brasil o fim do crescimento populacional se dará um pouco antes de 2050. Daqui a 10 dez anos, em 2022, o País estará experimentando o auge do chamado bônus demográfico, quando, seis de cada dez pessoas estarão no mercado de trabalho. Isto é, a força de trabalho compreenderá a faixa de idade de 15 a 64 anos. A esperança dos economistas é de que, naquela futura oportunidade, o Brasil será o quinto maior mercado consumidor mundial, conforme pesquisa da consultoria americana McKinsey. No intervalo de dez anos, o mercado consumidor brasileiro irá revigorar-se em tamanho, de R$2,2 trilhões para R$3,5 trilhões. Referida consultoria analisou o comportamento de 45 principais categorias de produtos consumidos, que incluem cosméticos, comida congelada, vestuário. Citada por Exame, desta quinzena: “Algumas projeções dão a noção do salto à frente. Até o fim desta década, os brasileiros deverão consumir tanto macarrão como os italianos. Deveremos ter o terceiro maior mercado de carros do mundo. O consumo de cerveja, que era metade do alemão em 2005, deverá ser três vezes maior. Nos próximos oito anos, o valor das vendas de produtos para cabelo apenas na cidade de São Paulo vai crescer o dobro do que na França. O consumo do País deverá ganhar outra dimensão chegando a 65% de um PIB de 6 trilhões de reais”. O consumo em 2011 era de 60% do PIB.
A velocidade em que caiu a taxa de fecundidade no Brasil, em 1950 era 6,2 e em 2010 baixou para 1,7, bem próximo ao número atual dos países ricos. No Brasil o bônus demográfico deverá durar até 2035 e 2045. Até lá é preciso aproveitá-lo, investindo em educação, em saúde e no emprego. Quiçá se atinja o 5º PIB mundial até antes de 2050, porque depois o retrato é aquele que se vê hoje na Europa. População idosa em sua maioria, assim como problemas previdenciários semelhantes aos ocorridos na Europa, de corte nas aposentadorias e o chamamento dos idosos a permanecerem por mais tempo trabalhando. Por via de consequência, o PIB crescerá a taxas bem menores.

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