20/08/2012 - BOVESPA


A Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BOVESPA) é o local onde se negociam ações das maiores empresas em atuação no Brasil. As firmas negociadas na BOVESPA são organizadas, em geral, lucrativas. Refletem a fina flor do capitalismo. Sociedades anônimas de capital aberto, prestando contas de seus atos, de seus resultados em público, sendo fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma espécie de xerife do mercado acionário. No mundo, as bolsas foram criadas no século XVI. No Brasil, com o advento da República. Eram bolsas regionais brasileiras. Entretanto, visando obter economias de escala, nos anos de 1980, foram centralizadas, unificadas, em São Paulo, visto que o progresso da informática já estava permitindo negociações on line de qualquer lugar do planeta.
A bolsa brasileira é uma das maiores do mundo. Nela, as ações são negociadas diariamente mais de US$3,2 bilhões, em média, de segunda a sexta. A Petrobras e a Vale são responsáveis por mais de 30% das negociações. Os maiores investidores são os fundos de pensão. O maior deles, disparado o dos funcionários do Banco do Brasil, a Previ. Segue-lhe, Valia, da mineradora Vale, o Postalis, dos Correios, a Funcef, dos funcionários da Caixa, o Aceprev, da siderúrgica  Arcelor-Mittal, não nesta ordem, dentre muitos outros. Os investidores individuais não chegam a 500 mil. A todo dia se registram as oscilações, que refletem os humores da vida econômica. Existem muitos ditados sobre bolsas. Um deles é de que a bolsa sobe na expectativa de bom resultado, antecipando os fatos, caindo quando as notícias futuras não são boas. John Maynard Keynes, um dos maiores economistas, ficou rico em bolsa londrina, criando à máxima: “eu compro quando todos vendem; eu vendo quando todos compram”. Por fim, arrematava, de que bolsa não é lugar para principiantes, nem amadores; somente para investidores de longo prazo.
Neste ano, a BOVESPA caiu muito, refletindo que o ano não será bom para a economia. É verdade que se recuperou de muitas perdas, mas está caminhando para ganho zero em 2012, se não for negativo, mas de pequena monta. Em janeiro, o PIB projetado pelo governo era de crescer 4,5%. A pesquisa FOCUS, do Banco Central, a toda semana tem traduzido a opinião de cerca de 100 especialistas. A projeção da semana passada foi de incremento de 1,81% do PIB. A divulgada hoje é de recuo para aumento de 1,75% do PIB neste ano.

No início de agosto existiam 369 companhias acionárias na BOVESPA, o menor número desde 2007. Já foram 500 firmas. Isso ocorreu porque 130 empresas fecharam o capital, enquanto 99 lançaram ações neste ano. Acontece isso quando os controladores do capital notam que as suas ações não refletem o verdadeiro valor esperado por eles. O fato é que as grandes corporações não estão com boas perspectivas neste momento. Mas, certamente voltarão ao mercado acionário em melhor cenário.

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