06/08/2012 - PREJUÍZO DA PETROBRAS
A estatal do petróleo nacional apresentou
prejuízo no segundo trimestre deste ano de R$1,9 bilhão. Desde 1999 que a
Petrobras não apresentava prejuízo. O que alega a empresa são as defasagens nos
preços da gasolina e do óleo diesel. Na verdade desde 2005 que referidos preços
não são reajustados na venda no atacado, visto que no varejo eles têm sido na
bomba de combustível. O governo federal não eleva os preços para manter baixa a
inflação, de igual modo que faz com o câmbio valorizado. As defasagens são de
14% na gasolina e de 17% no diesel. Os preços estão atrasados porque a
Petrobras é a maior exportadora de petróleo pesado e a maior importadora de
petróleo leve, conforme consta da balança comercial brasileira.
O reflexo imediato do mau
desempenho da Petrobras se encontra nas negociações da bolsa de valores. Os
preços médios desabaram de R$40,00 para menos de R$20,00. As ações da Petrobras
e da Vale representam mais de 30% das transações na bolsa brasileira, sendo a s
negociações com ações da estatal disparadamente as maiores.
A Petrobras tem dado preferência
às compras de equipamentos produzidos no País, para plataformas marítimas, de
sondas e de outros insumos, cujos preços são mais altos do que encontrados no
exterior. Além disso, a expectativa da exploração de petróleo na camada do
pré-sal têm dado muitos custos e os resultados não têm sido os esperados. Por
seu turno, a captação de R$120 bilhões, mediante venda de ações, fez com que a
empresa pagasse ao Tesouro 5 bilhões de barris, em retribuição à cessão onerosa
da exploração do subsolo, quando tem sido ínfima a produção na referida camada
do subsolo..
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