14/08/2012 - OLIMPÍADA E ECONOMIA
O festival com que se faz uma
olimpíada envolve muitos bilhões de dólares. Os Estados Unidos ostentaram o
primeiro lugar. A China, o segundo. O Reino Unido, o terceiro. Já o Brasil se
colocou em 23º lugar. O indicador de pujança do sistema econômico é o Produto
Interno Bruto (PIB). A ordem de 1º e 2º lugares, Estados Unidos e China, está
certa. 1º e 2º PIB mundiais. No terceiro lugar está o Japão, em quarto PIB é o
do Reino Unido. O quinto PIB é o da França. Tanto Japão como a França estão
também entre os primeiros lugares nos esportes. Portanto, o resultado dos cinco primeiros
lugares na Olimpíada está coerente com o desempenho econômico. Agora a
distorção do caso brasileiro é muito grande. Enquanto o País tem a 5ª
população, o 5º território, o 6º PIB mundial, colocar-se em 23º na Olimpíada
foi um lugar ruim. A próxima Olimpíada será realizada no Rio de Janeiro. A meta
brasileira é de situar-se entre os dez melhores desempenhos. Entretanto, muita
coisa tem de ser feita até lá. Não se diz ‘missão impossível’, mas ‘missão
improvável’. A propósito, o 6º PIB está subestimado, visto que o real está
bastante valorizado em relação ao dólar. Se houvesse equivalência ente as
moedas, o PIB brasileiro seria o 7º ou o 8º, dado que o PIB é calculado em
dólar.
A Olimpíada de 2012, de Londres
foi estimada em R$7,5 bilhões, em 2005, mas finalizou em R$30 bilhões. Londres
procurou, por oportuno, melhorar a qualidade de vida da cidade e o envolvimento
dos cidadãos para o sucesso efetivo do evento. Várias metas foram estabelecidas:
redução de 50% das emissões de carbono perante a construção da sede olímpica; o
investimento nela tem de ser perenizado; poupança de 40% do consumo de água;
criação de 45 hectares de cobertura vegetal para a cidade; uso de 20% de
energia renovável no evento. Quer dizer, um verdadeiro planejamento com
resultados. O melhor deles, foi em consequência, o terceiro desempenho nos
esportes, o melhor lugar obtido pelos ingleses nos jogos da contemporaneidade,
qual seja o terceiro, bem compatível com sua economia, que tem o 5º PIB
mundial.
O Comitê Olímpico Internacional
cobrou do Brasil um orçamento, que não o tinha divulgado há mais de três anos
do Rio de Janeiro ter sido escolhido. O Comitê Brasileiro divulgou R$28,2
bilhões, sem que se tenha conhecido ainda os projetos executivos, isto faltando
quatro anos para a realização do grande festival. Quer dizer, a falta de
planejamento brasileiro é pública e notória, sem contar que os orçamentos serão
reajustados e a cifra final poderá ser astronômica, tal como foi a dos Jogos
Panamericanos, no mesmo Rio de Janeiro, sem contar que não há registro se
aqueles investimentos tiveram sustentabilidade.
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