30/06/2020 - DATAÇÃO DO CICLO ECONÔMICO




A Fundação Getúlio Vargas (FGV) possui um Comitê de Datação do Ciclo Econômico, formado por oito especialistas da área financeira, cujo propósito é mapear as fases do ciclo econômico, nas alternâncias de crescimento e recessão. Assim, o País ingressou em recessão neste ano, ao estar repetindo dois trimestres de queda do PIB. No primeiro trimestre encerrou um ciclo de fraco crescimento de três anos, repetindo taxas anuais por volta de 1%, no período de 2017 a 2019, depois de forte recessão de 2014 a 2016, após 11 semestres. Ou seja, no período do segundo trimestre de 2014 ao último trimestre de 2016. A conclusão do comitê foi unânime.

No primeiro trimestre o recuo do PIB foi de 1,5%, na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2019. Em razão do recrudescimento da pandemia do novo coronavírus, quando está havendo o auge do isolamento social, o recuo está sendo estimado pelo citado comitê em 10% do PIB, no segundo trimestre. A estimativa do desastre é de que seja curto, porém de intensidade nunca vista, pelo menos nos últimos quarenta anos.

Quatro resultados de infelicidade a seguir:

O desemprego neste semestre ampliou o exército de reserva e desocupados em 1,4 milhão de vagas de empregos formais.

O déficit primário do semestre é de R$127 bilhões, sendo o pior rombo desde 1997. Referido déficit era esperado para o ano inteiro. Geralmente, no segundo semestre o rombo das contas públicas é bem maior, pelas despesas rateadas durante o ano.

A infeliz expectativa é de que as desigualdades sociais se elevaram entre pobres e ricos.

A recuperação será lenta devido à saída gradativa do isolamento horizontal. Mas, aguarda-se depois de alguns meses uma forte elevação do PIB anual.


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