22/06/2020 - POLÍTICA ECONÔMICA A SER REDEFINIDA




A equipe econômica, liderada por Paulo Guedes, doutor em economia pela Universidade de Chicago, um economista liberal, já há 18 meses no poder, anunciou que faria as reformas. No primeiro ano, realizou reforma da Previdência Social. Mas, tinha prometido zerar o déficit primário e só fez reduzi-lo, ainda na casa de R$95 bilhões. A economia cresceu a taxa praticamente igual a dos três últimos anos, por volta de 1%. Prometeu para o segundo ano as reformas e de que entregaria a economia crescendo 3%. Em março deste ano o País foi atingido pela pandemia do novo coronavírus. Não enviou nenhuma reforma prometida, tal como a administrativa ou a tributária. Tampouco aprovou marcos regulatórios, leilões e privatizações.

O que se viu foi um governo atordoado e vendo o País adotar medidas emergenciais para conter os efeitos mais dramáticos da citada pandemia. O isolamento horizontal adotado levou ao desemprego, queda do nível de renda e forte processo recessivo. Parece que o País passou a andar para trás velozmente. Enquanto não encaminha as reformas econômicas estruturais, colocou com emergente a reformulação de políticas sociais de assistência e adotou iniciativas para simplificar a vida das empresas e de investidores. Falam agora que irão promover uma grande desregulamentação para tornar o Brasil mais atrativo para investimentos. Os detalhes ainda estão sendo fechados pela equipe econômica. Será a adoção de nova fase de medidas para impulsionar a recuperação da atividade econômica. Os custos para combater os impactos do covit-19 levarão à dívida pública a chegar perto de 100% do PIB, nível considerado elevado para um país emergente.

Volta a dizer a equipe econômica que os esforços vão se centrar, em um primeiro momento, em mudanças dos marcos legais, como saneamento, setor elétrico, ferrovias, novo mercado do gás e independência do Banco Central. Num segundo momento, no próximo semestre ainda pretende disparar as reformas mais estruturantes, que deverão ter forte foco social. Nessa frente anuncia o Programa de Renda Brasil que substituirá o Programa Bolsa Família.

Neste momento dramático, de combate à citada pandemia, surgiram os muitos milhões de “invisíveis”, que somados aos cerca de 42 milhões do Programa Bolsa Família, são mais de 70 milhões de cidadãos de baixa ou quase nenhuma renda.

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