04/06/2020 - LENTA RETOMADA
Os Estados que reabriram o comércio impôs condições, tais
como o uso de mascara, filas, guardando a distância, idosos em home office, 50%
de estacionamento não usado, dentre outras medidas como as de contato pessoal,
fizeram uma lenta retomada dos negócios comerciais. Isto porque os consumidores
estão preocupados com o risco de contaminação, de perda de emprego e poupando,
quando tem, para dias melhores que vierem. Em suma, a falta de confiança tem
limitado às compras a metade do normal, mais dirigidos a compras em
supermercados, compras on line e farmácias. Quanto à indústria, há segmentos
que ainda não receberam encomendas, tais como o da indústria têxtil e de
eletroeletrônicos.
Conforme o IBGE, a indústria caiu próximo de 19%, menor recuo
do que o esperado. Porém, a queda naquele mês foi de grande repercussão, maior
do que aquela da greve dos caminhoneiros em 2018. Em março já tinha caído 9%. Em
comparação com abril de 2019, a retração foi de 27%. O referido mês foi o
primeiro que começou e terminou com o isolamento social. O tombo foi o maior
registrado desde início da série estatística do IBGE, desde 2002.
No geral, os dados estatísticos vieram melhores do que os
esperados, aumentando as expectativas de melhor retomada pelo mercado
financeiro. No mercado produtivo não se percebem ainda a melhora. O dólar caiu
para R$5,08, tendo chegado a ser negociado até a R$5,02. Ventilou-se a notícia que
cairia abaixo de R$5,00, o que não ocorreu. A moeda estrangeira alcançou um
reajuste de 47% neste ano, quando chegou a R$5,90. Porém, recuou 14% desde o
pico. Os especuladores de moeda que estavam comprados realizaram lucros,
vendendo dólar. O Brasil deixou o primeiro lugar e passou ao terceiro dentre
aqueles que tiveram moeda depreciada nesta fase da epidemia. Em maio houve
ingresso líquido de divisas, segundo o Banco Central. Estas vieram repousar na
emissão da dívida pública de US$3,5 milhões, nos Estados Unidos.
Em contrapartida, a bolsa de valores tornou a subir, levando
a 93 mil pontos ontem, alta de 2,14%, maior pontuação desde 06 de março, quando
o isolamento social se tornou uma prática dos Estados e municípios, antes dos
seis circuit breaks, definidos como paralisações nos negócios de bolsa, em fortes
quedas diárias daquele mês, até o mínimo de 63,5 mil pontos.
O quadro está ainda muito incerto, visto que a reabertura da
economia se dá lentamente.
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