20/06/2020 - PROJETO NACIONAL: O DEVER DA ESPERANÇA
Projeto Nacional: o dever da esperança é o título do livro
lançado por Ciro Gomes, candidato desde os anos de 1989 a presidente da
República. Na última eleição, em que Jair Bolsonaro foi eleito com mais de 50%
dos votos (mais de 57 milhões de votantes), Ciro teve mais de 10% dos votos, o
terceiro, atrás de Fernando Haddad e Jair.
“O livro é uma contribuição pessoal a uma reflexão inadiável
sobre o Brasil, as raízes de seus graves problemas e as pistas para a sua
solução. É um mergulho no diagnóstico sobre o que aconteceu e o que está
acontecendo contemporaneamente com o Brasil, um país que em tempos atrás era o
que mais crescia no mundo e que recentemente teve a pior década da história,
entre 2010 e 2020. Falamos sobre o fim da ditadura, a superinflação do período
Sarney, o neoliberalismo tosco de Collor, a direita neoliberal de Fernando
Henrique Cardoso, o nacional-desenvolvimentismo de Itamar Franco, o Lula com o
populismo consumista, o governo Dilma. E todas essas forças se desmoralizaram.
Ou seja, há um sintoma aí de que o problema do Brasil não é Francisco, Manoel
ou Maria. É um problema estratégico. O livro oferece não só um diagnóstico das
principais questões que atrapalharam o nosso desenvolvimento com democracia,
liberdade e justiça, como também apresenta ideias capazes de direcionar o
Brasil rumo ao um futuro desejável. Vamos por partes. O livro explicita coisas
muito complexas e, mais do que isso, desafios políticos extraordinariamente
arriscados. Projeto supõe o que? Plano, metas, objetivos, orçamento, quem vai
fazer. Tudo o que o Brasil não tem hoje. Ninguém é capaz de dizer para onde
estamos indo em nada do que é serio –
como educação, saúde, infraestrutura, renda per capita, maturidade científica e
tecnológica. No livro, proponho que o Brasil deveria impor a si uma tarefa muito
realista, porém audaciosa: dar a sociedade brasileira um padrão de
desenvolvimento humano equivalente ao espanhol num prazo de 30 anos” (entrevista
ao jornal Correio da Bahia de hoje).
Os economistas podem ser liberais. Isto é, o mercado deve
comandar as decisões, basicamente. Neoliberais, mercado dominando,
privatizações, intervenção mínima do Estado. Estruturalistas, que defendem o
planejamento econômico. Vale dizer, o Estado intervém e incentiva o
investimento. Dirigismo estatista tal como processa a Rússia e a China. O autor
se considera um estruturalista, do tipo nacional-desenvolvimentista. O Brasil
realizou o planejamento estratégico de 1949 a 1979. Mas, depois do segundo
choque do petróleo, abandonou o planejamento de longo prazo.
Comentários
Postar um comentário