30/05/2020 - PANDEMIA CAPTADA
O IBGE divulgou uma queda de 1,5% do PIB no primeiro
trimestre deste ano. As estatísticas de janeiro e fevereiro não foram ruins.
Mas, março captou o início do isolamento horizontal contra a pandemia do novo
coronavírus. No conjunto, menos 1,5% de decréscimo no PIB. O IBGE captou
somente 15 dias do isolamento. No entanto, a pandemia prosseguiu e prossegue
mais forte nos meses seguintes. Assim, no segundo trimestre se estima uma queda
superior a 10%. A recessão de 2020 será superior a 6%, número nunca registrado
na história brasileira. O consumo das famílias caiu no trimestre 2%. A pior
queda no consumo desde 2001.
A equipe econômica fez cálculos que o desemprego poderá ser
de 20 milhões de pessoas em agosto. Um número assombroso. Segundo Miriam
Leitão, no jornal O Globo: “A nota técnica do Ministério da Economia diz que os
sinais são de que a crise pode causar perdas permanentes, ou seja, a devastação
que está havendo nas empresas, principalmente nas micros e pequenas, pode não
ser reversível. O auxílio emergencial evitou queda maior da renda, as medidas
para o emprego atingiram 8,2 milhões de trabalhadores. Mais da metade teve a
suspensão do contrato de trabalho, que é a hipótese mais dura de todas as
reduções de salário do programa. Esses 8,2 milhões estão hoje em situação mais
precária, apesar de permanecerem empregados, mas a população ocupada caiu em
quase cinco milhões de pessoas”.
Depois da recessão de 11 trimestres seguidos, de abril de
2014 a dezembro de 2016, a economia brasileira voltou a crescer anualmente, por
volta de 1%, de 2017 a 2019, em uma recuperação lenta. Por seu turno, a
resposta à pandemia do novo coronavírus está fazendo uma devastação no aparelho
produtivo nacional.
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