24/06/2020 - FORTE QUEDA DA ARRECADAÇÃO




Se o Monitor do PIB, calculado pela FGV, recuou em abril 9,3%, a arrecadação do governo federal se retraiu mais de 3 vezes, em cerca de 33%, em maio, em relação a maio de 2019, já descontada a inflação, indicando que o PIB terá ainda queda forte neste ano, em maio, junho e até que a economia volte a normalidade. Os mais otimistas se referem ao retorno devagar, a partir de julho. Os mais pessimistas acreditam que o quadro será desastroso até o final de 2020.

A Receita Federal divulgou ontem as receitas de R$77,4 bilhões em maio, sendo o pior resultado para o mês em 15 anos. Para tal muito contribuiu o adiamento do recolhimento dos tributos, desde abril, para julho, em diante. A pandemia do novo coronavírus colocou o País em estado de emergência. Perante o agravamento da crise, o Ministério da Economia anunciou a suspensão de cobrança de tributos, tais como PIS/COFINS, contribuições previdenciárias e do Simples Nacional. Parte das medidas começaram o a partir de abril. Em decorrência, somente em maio houve uma redução da arrecadação de cerca de R$30 bilhões. No período de três meses a redução de receitas alcançou R$121 bilhões. Isso não significa que os citados tributos não serão cobrados. O plano do governo é de recebê-los reescalonado até o final de 2021.

Se o governo federal está nessa inanição, imagina-se como estão os Estados e municípios? Enfim, a gestão do fluxo de caixa do governo da União é das maiores dores de cabeça. O Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, já anunciou a sua saída do cargo, a partir de julho.


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