07/06/2020 - ISOLAMENTO LEVOU A 8,6 MILHÕES DE DESEMPREGOS




Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE, no primeiro mês completo do isolamento vertical adotado para combater o novo coronavírus, foram destruídos 8,6 milhões de emprego de fevereiro a abril, tanto formais como informais, na comparação com igual período do ano passado. No trimestre houve uma retração inédita de 9% na população ocupada. A PNAD Contínua mede o trimestre móvel. No caso, fevereiro, março e abril de 2020.

Os estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelaram que em março, quando 15 dias foram contabilizados de isolamento social, foram canceladas 2,3 milhões de vagas de trabalho, em comparação com março de 2019. Em abril deste ano foram 4,9 milhões desocupados, segundo a FGV. Por diferença, em fevereiro foram desempregados 1,4 milhão e não tinha começado isolamento social. Na verdade, em fevereiro não havia começado o referido isolamento, mas havia o desemprego decorrente dos contratos de trabalho temporários encerrados.

Nos meses de março e abril foram mais atingidos pelo desemprego os trabalhadores informais e os chamados por conta própria, geralmente aqueles que ganham menos no mercado de trabalho. Em maio, os cortes foram mais aprofundados, atingindo mais forte os empregos formais e de remunerações mais altas. Os empregos com carteira assinada vinham sendo parcialmente protegidos por programa do governo federal, que permitiu a redução de salários e da jornada de trabalho o suspensão dos contratos de trabalho.

O que os estudos acima estão revelando é que a situação da classe trabalhadora está ficando dramática, principalmente porque os trabalhadores foram obrigados a ficar em casa, sejam desempregados ou em trabalhos home office.

Os pesquisadores do IBGE e da FGV acreditam que a recuperação no nível de emprego se dará a partir do quarto trimestre do ano.

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