09/06/2020 - OTIMISMO PELA EXPECTATIVA DO EXTERIOR



O mercado financeiro prossegue em sua euforia dadas as expectativas de uma recuperação mais rápida da economia mundial, depois também da passagem da epidemia do covit-19. Nos Estados Unidos a bolsa de valores zerou praticamente as  perdas deste ano e o índice Nasdaq, de ações de alta tecnologia, bate seu recorde histórico. Aqui, as expectativas continuam sombrias, perante o aprofundamento da crise do novo coronavírus, que ainda não atingiu o seu pico. No entanto, a bolsa de valores vem de sete sessões consecutivas de alta, na maior sequência em dois anos, cada vez mais perto do recorde histórico, estando a 15,6% do seu pico de 119.528 pontos, deste ano, a 97.644 pontos. Convém lembrar que neste semestre a bolsa já esteve no vale de 63.570 pontos, estando há pouco tempo a 53% do recorde histórico. O dólar também veio em direção inversa, encerrando ontem a R$4,86, quando já bateu nível histórico de R$5,90, em 13 de maio. O dólar já recuou desde o pico nominal 18% ou mais de um real (R$1,04). Convém lembrar que 3 de dezembro de 2019 o dólar estava a R$4,01. Não obstante as tensões políticas estarem levando as manifestações de rua. Lá, nos Estados Unidos, generalizado, contra o racismo, após morte por sufocamento brutal de George Floyd, negro, por policial branco. Aqui, pelo acirramento entre esquerda e direita, gerando mais de 30 pedidos de impedimento do presidente Jair Bolsonaro. Contudo, os investidores continuam otimistas. Nos EUA o nível de emprego superou as expectativas de recuperação. Mas, aqui, o desemprego se aprofunda. Portanto, a especulação se encontra em níveis elevadíssimos no País.

Ontem, o Banco Mundial divulgou suas projeções para a enorme recessão estimada para o caos instalado. O seu cálculo para o recuo do PIB brasileiro passou para - 8% neste ano. Por outro lado, a recuperação estimada pelo País em 2021 será mais lenta, cujo crescimento estimado é de 2,2%, a metade da recuperação da economia mundial estimada para o próximo ano. O País está muito além da média da recessão mundial de -5,2%. Somente abaixo da média da Zona do Euro, estimada em - 9%. As estimativas do Banco Mundial são as piores para o mundo desde a segunda guerra mundial.

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