03/06/2020 - BOLSA VOLTA À PRÉ-PANDEMIA
A bolsa brasileira (B3) retornou aos 91.046 pontos, subindo
2,73%, maior patamar desde 10 de março, um dia antes da Organização Mundial da
Saúde ter declarado a existência de epidemia com a presença do novo
coronavírus. Não está tão perto do recorde deste ano de quase 120 mil pontos
(119.528 pontos), estando a 76% do referido máximo. Mas esteve no mínimo em 23
de março a 63.570 pontos, isto é, aos 53% do ponto máximo. O que está ocorrendo
agora é o fato do contágio do otimismo dos investidores em face à reabertura
das economias globais, após isolamento social, que levou a economia mundial de
expansão à recessão, de modo a conter o avanço do covit-19. Entretanto, está havendo
a expectativa de recuperação econômica e não indicadores reais de melhoras. Uma
das máximas do comportamento da bolsa de valores é de que ela sobe na
expectativa e cai nos dados do que aconteceu, principalmente quando são frustrantes
os resultados obtidos.
A demanda dos investidores se refletiu também na cotação do
dólar comercial, que se retraiu em 3,22% ontem, a R$5,21, menor valor desde 14
de abril. Ele atingiu o recorde nominal de R$5,90, em 13 de maio. Esta foi a
maior valorização do real desde 8 de junho de 2018, quando o Banco Central
anunciou que iria vender moeda para conter altas seguintes. A apreciação do
real chegou a 5,5% naquela data.
Por seu turno, o petróleo continuou em alta, chegando ontem o
barril do tipo brent perto de US$40.00. A alta se deveu a cortes na produção
dos países membros da OPEP e da Rússia, de 9,7 milhões de barris por dia.
O otimismo que reinou ontem na bolsa brasileira, pela vindoura
recuperação econômica, pela lógica, não se sustentará, podendo haver realização
de lucros na B3 por esses dias. Porém, bolsa é bolsa e ninguém advinha o que
virá proximamente.
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