27/06/2020 - CONFIANÇA SE RECUPERA LENTAMENTE
A confiança das empresas e dos consumidores se recuperou,
lentamente, há dois meses, depois de ter chegado ao fundo do poço em abril,
conforme pesquisas do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio
Vargas (FGV). O País está em pior situação entre vinte economias pelo IBRE
selecionadas. Mostra-se as dificuldades maiores a que vem tendo o Brasil para
recuperar o nível de investimentos. A pandemia do coronavírus vem sendo
enfrentada com muita cautela e já há um pequeno grau de saída paulatinamente da
situação. No entanto, muitos dos entrevistados têm receio de uma segunda onda
do covit-19.
As pesquisas do IBRE estão mostrando que os consumidores
estão mais medrosos do que as empresas. Ou seja, a melhora no consumo vai
demorar de acontecer, devido os altos indicadores de desemprego. Por seu turno,
como o consumo das famílias é de mais de 60% do PIB no Brasil, a retomada será
feita de forma lenta.
O pagamento do auxílio emergencial por três meses e o aceno
para mais três meses tem sido decisivo para a confiança dos trabalhadores
informais se restabeleça. Os valores das três últimas parcelas serão menores,
pelo que se acredita que será feita a retirada condicionada dos bloqueios à
atividade produtiva. Sem dúvida, as reformas estruturais, tais como a
administrativa e a tributária, poderão vir em sequencia, sendo o que se viu que
quando se quer, se aprovam projetos no Congresso de forma rápida, a exemplo do
novo marco regulatório do saneamento básico. Ademais, há sinais de retorno de
harmonia entre os três poderes. O aceno já partiu do presidente.
O IBRE também declarou ontem que o isolamento horizontal
provocará neste segundo trimestre o maior tombo da economia brasileira em 40
anos. Por sua vez, a volta ao patamar anterior da epidemia será bem mais lento
do que revelado nos quarenta anos passados. O que falta mesmo é melhoria do
otimismo e mais investimentos, segundo ainda o IBRE.
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