28/11/2018 - GOVERNOS SÃO MÁQUINAS VORAZES




O presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez campanha política dizendo que reduziria o número de ministérios executivos de 29 com Temer, para 15 com ele. Eleito, dizia que o número deles seria entre 15 a 17. Agora afirma que serão 20. Mesmo dizendo que fará um governo de técnicos. De que não leiloará cargos e não os daria a partidos políticos. De que não fará um governo de cooptação, nem de coalizão. Ao que tudo indica será de cooperação. Mas, começou definindo logo três ministérios para o DEM. É verdade que cerca de 15 números definidos, a maioria é de formação técnica e de bons quadros. Aguarda-se então a sua gestão.

Em artigo “Tirar o gesso do orçamento”, de Miriam Leitão, no jornal O Globo de hoje, em seu primeiro parágrafo: “A proposta de desvincular as receitas do destino estabelecido pela Constituição tem sido um sonho de inúmeros economistas. Na última campanha, alguns candidatos chegaram a falar nisso, mas quem mais defendeu abertamente foi o grupo do candidato Geraldo Alckmin. A equipe econômica que vai assumir em janeiro está preparando uma Proposta de Emenda Constitucional que tem chamado de PEC da Liberdade Orçamentária. É necessária, mas é muito difícil fazer. O orçamento está cada vez mais engessado. Todo ano sobe um pouco mais o percentual de despesas que o administrador público não pode mexer porque vai para um gasto específico, Era 84% em 2013, foi 91% no ano passado”.

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, promete atacar três fontes crescentes de gastos públicos: as reduções dos pagamentos de juros da dívida pública, e isso só conseguirão com redução do estoque do endividamento, via redução dos déficits públicos; os aumentos de servidores, as elevações das aposentadorias, e respectivos encargos. Para reduzir o déficit primário até eliminá-lo pretende privatizar grande número de estatais.

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