26/11/2018 - PRIVATIZAÇÃO SERÁ A TÔNICA
O governo eleito de Jair Bolsonaro tem declarado que não irá
criar mais impostos. O Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, pretende diminuir a
carga tributária. Mansueto de Almeida, Secretário do Tesouro Nacional, que
permanecerá no cargo, tem declarado que não será possível aliviar a carga
tributária, mesmo porque, já realizado neste ano, o déficit primário está acima
de R$90 bilhões, nos últimos 12 meses. Acredita Mansueto que somente terminará
o referido déficit em 2021. A expectativa de que a economia crescerá 2,5% em
2019, não garantirá o fim do déficit. Portanto, o governo eleito terá que
realizar as privatizações. Existem hoje 147 estatais. Todas gigantes empresas.
Logicamente, a privatização deverá ser daquelas que dão prejuízos. Para este
ano conta já o governo com os leilões da Petrobras, na camada do pré-sal, que
poderá gerar os estimados R$100 bilhões, melhorando o caixa federal.
Desde 2014 que vem ocorrendo déficit primário. No acumulado
já se tem mais de R$550 bilhões. Não tendo de onde tirar, o citado déficit foi
alojar-se na dívida pública, que estava em 51% do PIB, em 2014, mas que agora
já ultrapassa 86% do PIB, segundo atesta o Fundo Monetário Internacional.
O que vem ocorrendo nos últimos cinco anos foi um mergulho no
processo depressivo na economia, passando agora por estagnação. Porém, o
desemprego de 12,9% da população economicamente ativa, mais de 12,5 milhões de
pessoas, apresenta elevação das desigualdades sociais.
No geral, a nova gestão que se iniciará em 01-01-2019 terá
que restabelecer a confiança da demanda agregada. Vale dizer dos investidores e
dos consumidores, restabelecendo também um melhor nível de emprego.
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