27/11/2018 - CUNHO LIBERAL
O liberalismo econômico surgiu no século XVIII, cujo marco é
o ano de 1776, quando foi publicado o livro de Adam Smith, tido como pai da
economia moderna, intitulado “A Riqueza das Nações”. Diferentes escolas surgiram,
sendo as mais premiadas pelo Nobel de Economia a escola austríaca e a de
Chicago. Após o fim da União Soviética, cujo marco é a derrubada do Muro de
Berlim, em 1989, houve uma reunião de dirigentes mundiais nos Estados Unidos,
de onde se tirou o Consenso de Washington, passando o decálogo a chamar-se de
neoliberalismo, cujos maiores princípios são o Estado Mínimo e a Privatização.
No Brasil, Fernando Collor participou das reuniões daquele Consenso, em 1989.
Eleito, em 1990, fez o contrário, aumentando a presença do estado com
congelamentos de preços, mas levou a cabo a privatização. Já FHC, governou de
1994 a 2002 e não diminuiu o tamanho do Estado, mas aumentou muito o processo
de privatização das estatais. Lula e Dilma desprezaram a privatização, quer
dizer não realizaram nenhuma e aumentaram o tamanho do Estado, criando mais
órgãos, inclusive criando mais de 50 empresas estatais. Fernando Haddad fez sua
campanha, insistindo em seguir o petismo e sem fazer autocrítica. Perdeu a
eleição, embora tenha obtido 45% dos votos, para Jair Bolsonaro, que irá
imprimir um cunho liberal ao seu governo, justamente com doutores formados em
Chicago, ultraliberais.
Chicago boys pretendem reavivar as reformas que fizeram no
Chile, agora no Brasil. Mesmo durante a ditadura de Augusto Pinochet eles as
iniciaram. Desde então se tornou o Chile um país eminentemente capitalista. A
Folha de São Paulo de hoje se refere ao fato de que o Chile, nesta década, está
ingressando no clube dos países ricos, principalmente pelas reformas que tem
feito e, de Pinochet para cá, já teve presidente de direita e presidente de
esquerda. A renda per capita do Chile já é superior a US$25,000.00. A
propósito, a ONU classifica os países pobres de renda per capita até US$6,000.00.
Entre US$6,000.00 a US$16.000.00 considera como país de renda média ou
emergente. Desde os anos de 1990 que o Brasil está na armadilha da renda média
e não saiu da faixa de US$11,000.00. Acima de US$26.000.00, segundo a ONU,
ingressa no clube dos países ricos ou desenvolvidos.
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