25/11/2018 - ENGESSAMENTO DA ECONOMIA
A carga tributária brasileira por volta de 35% do PIB
representa mais de um terço de recursos financeiros retirados da atividade
produtiva e colocados à disposição do Estado. O novo Ministro da Fazenda, Paulo
Guedes, tem reiterado que os maiores problemas do engessamento estatal são: o
pagamento de R$100 bilhões anuais de juros da dívida, a elevada folha de
pagamento dos servidores públicos e seus penduricalhos, além das gordas
aposentadorias, principalmente dos citados servidores. Para ele, tanto os governos
do PSDB como os do PT se serviram do Estado e não deram em troca os melhores serviços
para a coletividade.
Entre 1995 a 2017, o salário mínimo subiu 165%. Este é a
principal referência para que os vencimentos dos servidores públicos também se
multiplicassem. Por sua vez, o gasto primário da União subiu, no mesmo período,
de 11% para 20% do PIB. A conta da Previdência passou a 14% do PIB, muito
superior àquela dos países europeus. Nesta década a arrecadação começou a cair
e, em 2014, o País voltou a ter déficit primário, depois de 16 anos de
sucessivos superávits primários.
Paulo Guedes tem montado uma equipe de economistas liberais.
Referiu-se a que hoje a uma disfunção muito grande pelos altos tributos
cobrados. Referiu-se a que quase houve uma revolução no País, pela lei da
metrópole de cobrar o quinto do ouro (20%), imaginem-se agora quando a carga se
aproxima de 40%. Lançou também um balão de ensaio em que poderia voltar à carga
tributária única aos 20%. Como fará não se sabe. Mas, segue a mesma cartilha de
Donald Trump, que reduziu tributos nos Estados Unidos e a economia americana
está bastante aquecida. O mercado aposta que o governo de Bolsonaro fará as
reformas estruturais e o País volte a crescer de forma equilibrada.
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