20/11/2018 - TALENTOS EM QUEDA




Talento é a capacidade de empreender, equacionar e vencer. Evidente que essa capacidade se desenvolve ou se retrai ou permanece estagnada. No caso brasileiro vem o World Competitiveness Center (IMD), baseado em Nova York, revelar que o Brasil desceu 6 degraus na sua classificação de talentos. De 63 países examinados o País se situou em 58º. Na edição passada ocupava a 52ª posição. A análise se baseia em como os países se desenvolvem, atraem e retêm talentos, visando criar empresas e reter valor no longo prazo. Exemplifica o IMD que o País recuou em investimentos em desenvolvimentos. Tem gasto menos em educação, tanto no que se refere à educação primária, secundária e na formação de mão de obra. Vale dizer, no treinamento de aprendizes, que irão promover o progresso. Fato que é inconteste, depois da forte recessão de 2014 a 2016 e relativa estagnação de 2017 e 2018. Basta só ver os números do desemprego, do subemprego da população desalentadora.

O IMD chega a afirmar através do seu economista-chefe José Caballero, que as habilidades desenvolvidas no Brasil não atendem às exigências empresariais. Não seria pelos problemas de um deficiente ambiente geral de negócios, burocracia e corrupção? Não seria por citadas razões, que o próprio mercado exige que sejam feita as reformas estruturais, para o País voltar a crescer? Por outro lado, acredita que a queda tão brusca se deveu às eleições, fortemente disputadas. O foco não é este. O que tem havido é principalmente queda da demanda agregada, notadamente no consumo das famílias, nos investimentos das empresas e nos gastos do governo em infraestrutura, principalmente por existir a cinco anos déficit primário.

São palavras de Caballero: “Com tecnologia artificial, mudanças tecnológicas mudando constantemente, é preciso mudar o currículo educacional. Vocês estão produzindo um tipo de talento que não é exigido (pelo mercado)”. Quanto à Suíça e a Dinamarca ficarem nas primeiras posições, ele afirmou que isso tem a ver com a qualidade de vida de referidos países, do que somente pelos salários dos trabalhadores.

Face ao exposto, é frequente ver organismos internacionais fazerem diagnósticos negativos e colocando as razões forra do lugar.

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