14/11/2018 - POR QUE AS VENDAS NO VAREJO CAIRAM
As estatísticas mensais do IBGE revelam situação demográfica,
econômica e social. A última delas é sobre a queda das vendas ao consumidor
final de 1,3% em setembro, em relação a agosto. O que houve? Ora, a economia
está fraca, crescendo por volta de 1%, o que tem reduzido muito pouco o
desemprego. Isto é, até setembro haviam sido criados 719 mil empregos neste
ano, mais não dá para compensar, nem de longe, os 6 milhões de desempregados desde
2014 para cá. As vendas tinham se elevado devido às liberações, já a algum
tempo, do FGTS, do PIS/PASEP e do abono salarial anual. Cessados praticamente
tais efeitos e considerando que a inflação se elevou em setembro, as vendas no
varejo caíram. Porém, ainda estão crescentes no ano em curso por volta de 2%.
Ainda fracas, pelo grau de incerteza e de pouca absorção da mão de obra
subutilizada no País. Veja-se a questão do emprego a seguir.
O IBGE revelou que a demografia nacional é de 208,5 milhões
de habitantes. Destes, População em Idade Ativa (PIA) corresponde a 170
milhões, isto é, de 14 anos a 65 anos. Nestes, está a População Economicamente
Ativa (PEA), calculada em 105 milhões. Estavam empregados 92,6 milhões e em
desemprego aberto 12,5 milhões. Dessa forma a taxa de desemprego que já fora
13% caíram para 11,9%, ainda assim com um exército de pessoas com carteira
profissional desempregadas de 12,5 milhões. Os subocupados chegam a 6,9%. Ou
seja, aqueles que trabalham menos do que poderiam. Com relação à PEA estes dois
conjuntos últimos somados alcançam 18,4%. Ou seja, correspondendo a 19,4
milhões. A força de trabalho potencial, também calculada pelo IBGE, ou seja, daqueles
que gostariam de trabalhar, mas não encontram emprego seriam 8 milhões de
pessoas. O cálculo mais amplo seria o da subutilização total da mão de obra reúne
os desempregados, os subempregados e a força de trabalho potencial (12,5 + 6,9
+ 8 milhões = 27,4 milhões), revelando uma taxa de subutilização da mão de obra
de 26%.
Estão aí acima mostradas as razões pelas quais a economia
cresce pouco, perante uma grande capacidade ociosa. Portanto, são necessárias
as reformas estruturais para que a economia absorva mais mão de obra e traga
maior taxa de crescimento.
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