07/11/2018 - DESEMPREGO E EXAGERO




Pesquisa conjunta da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, de longo alcance nacional, revelou que, de um modo em geral, 45% dos entrevistados declararam ter ao menos uma pessoa desempregada em sua residência. Isto é um exagero. Mas, revela certo pânico devido ao fato da economia brasileira não ter ainda superada a crise prolongada, composta de forte recessão de 2014 a 2016, além de estagnação de 2017 a 2018, claro, ainda não superado o conjunto de desacertos. Na verdade o foco da pesquisa foi verificar o medo dos cidadãos de ficarem desempregados. Estes revelaram ser quase 30% dos consultados. Outra enquete, o da Agência Brasil confirmou praticamente tal número. Porém, o medo de perder o emprego está diminuindo, tendo em vista novo governo, que se iniciará em janeiro de 2019, que gerou novas esperanças otimistas, reveladas pela confiança do mercado.

Os dados compõem o Indicador de Confiança do Consumidor do mês de outubro, que não esboçou reação tão significativa e ficou praticamente estável em relação ao mês anterior, marcando 42,3 pontos, perante os 41,9 pontos de setembro. Conforme a pesquisa, 36% dos entrevistados avaliaram como baixa a probabilidade de demissão e 35% consideraram que não correm referido risco. Face ao exposto, vê-se o exagero de declararem 45% de que tem algum desempregado em sua casa.

Em artigo de hoje na Folha de São de Paulo, Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, acredita que o desemprego está diminuindo. Em suas palavras: “Estão dadas as condições para a retomada, desde que se arraste o espectro da crise fiscal”. Quer dizer, o desemprego diminui lentamente porque ainda não se resolveu o problema do déficit primário, muito embora ele esteja diminuindo. Por seu turno, o próximo superministro da Fazenda/Planejamento/Indústria/Comércio Exterior, que está sendo esboçado, Paulo Guedes, revelou ontem na imprensa que “foco da economia será o controle dos gastos”.

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